Presidente se manifestou para evitar "ilações" sobre novo imposto, diz porta-voz
"Como líder maior do nosso governo, presidente de pronto já resolveu destacar que encontrava-se contrário a essa posição para evitar ao longo do dia qualquer ilação a respeito do tema", disse Barros.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Cintra disse que pretende substituir a tributação da folha de pagamento por um imposto sobre transações financeiras que atingiria todos, até igrejas. Questionado sobre a permanência do secretário no cargo, o porta-voz afirmou que o presidente não fez nenhum comentário no sentido de uma eventual saída de Cintra. "Presidente absolutamente não fez nenhum comentário no sentido de que haja qualquer que seja possibilidade de substituição", respondeu, dizendo ainda que não há "fricção" entre Bolsonaro e o secretário especial da Receita.
Antes dos acontecimentos desta segunda-feira, a agenda de Bolsonaro já previa um encontro com Cintra nesta segunda, para as 16h. Ao sair da audiência no Palácio do Planalto, Cintra afirmou que continua no governo Jair Bolsonaro. "Continuo muito", disse, ao ser questionado se permaneceria à frente da Receita. Ele se recusou a dar detalhes da conversa com o presidente.
Em conversa com a imprensa, o porta-voz repetiu a declaração dada por Bolsonaro em vídeo. "Apenas o presidente, diante dos seus conceitos políticos e percepções políticas, ele entendeu que - não é nem que não é necessário - não se deve mesmo bitributar as igrejas em função do conhecimento que ele tem sobre esse assunto", completou. Questionado se Cintra teria eventualmente se manifestado no sentido de deixar o cargo, o porta-voz afirmou que não foi informado disto. "Não que me tenha sido informado", disse Barros.
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