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Não podemos reduzir dívida aceleradamente, diz ministro italiano após carta da UE

Matheus Andrade, especial para AE

São Paulo

30/05/2019 16h11

O ministro de Economia e Finanças da Itália, Giovanni Tria, declarou nesta quinta-feira não poder realizar uma diminuição acelerada da dívida em "tempos de abrandamento econômico" no país, porque, na sua visão, não daria a investidores a "confiança" necessária para nutrir perspectivas de crescimento econômico.

A afirmação vem um dia após Tria receber uma carta da Comissão Europeia cobrando explicações do governo italiano por "não ter feito progresso suficiente rumo ao cumprimento do seu critério de dívida em 2018". Bruxelas pediu que Roma envie até amanhã uma resposta sobre "quaisquer" fatores relevantes para "avaliar abrangentemente, em termos qualitativos" o descumprimento da norma.

Em evento nesta quinta-feira, Tria buscou alertar sobre as consequências que uma recessão na Itália teria para outros países europeus. "Se a Europa faz políticas deflacionárias teremos problemas para a consolidação fiscal. A economia italiana é fortemente interligada à europeia."

Ele indicou ainda que o déficit italiano de 2019 pode ser menor do que a meta apresentada à Comissão Europeia no ano passado.