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Indicação é de reforma aprovada no Senado sem mudança substancial, diz Guedes

O ministro Paulo Guedes participa de audiência sobre a reforma da Previdência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados - Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
O ministro Paulo Guedes participa de audiência sobre a reforma da Previdência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Bárbara Nascimento e Francisco Carlos de Assis

São Paulo

15/08/2019 13h40

O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou nesta quinta-feira, 15, durante a 20ª Conferência Anual do Santander, que o primeiro semestre foi produtivo para a equipe econômica. Segundo ele, as indicações são que reforma da Previdência será aprovada no Senado sem mudanças substanciais.

"Eu trabalhava com algumas hipóteses que foram se confirmando", disse Guedes, referindo-se ao cenário do segundo semestre.

O ministro citou o avanço na resolução do acordo sobre a cessão onerosa e na tramitação da reforma da Previdência e ressaltou que o governo tem tido apoio nas pautas econômicas.

"Continuo seguro de que estamos no caminho certo, estamos recebendo apoio para as pautas principais. A reforma da Previdência avançou bastante, está na reta final no Senado e todas as indicações são de que vamos conseguir aprovações sem mudanças substanciais. Não é o regime de capitalização, que é o ideal, mas tiramos esse fantasma que ameaçava o futuro do país", disse o ministro.

Estatais

Guedes citou ainda a evolução na relação com o Supremo Tribunal Federal (STF) como uma conquista. E exemplificou com a jurisprudência criada para a venda de subsidiárias de estatais. Para Guedes, essa foi uma das dificuldades que teve em Brasília e que foram superadas.

Ele afirmou que quer tocar agora a simplificação de impostos e garantiu ainda que vai continuar vendendo as estatais. "Eu quero vender todas, eu sei que não funciona assim, mas meu trabalho é tentar vender todas", disse.

Aceleração de processo

O ministro da Economia afirmou ainda que o apoio do presidente Jair Bolsonaro às privatizações "está aumentando". Segundo ele, o chefe do Executivo entendeu que algumas das estatais estão aparelhadas e sem capacidade de investimento. "Está havendo uma percepção crescente na equipe dele e nós vamos acelerar as privatizações", disse.

Ele frisou que a venda desses ativos não tem efeito em curto prazo, mas mudará a trajetória de despesas futuras e abaterá a dívida pública do país. "Dá para reduzir o endividamento, economia vai crescer, a dívida vai ficando estável e, como porcentagem do PIB, vai diminuindo", comentou.

Cabotagem, cessão onerosa e MP

O ministro afirmou também que quer abrir o mercado de cabotagem e disse que, com isso e os investimentos em ferrovias, o país poderá sair do modal de rodovias. Disse ainda que, após o acordo da cessão onerosa, quer entrar numa "rotina de leilões todo ano".

Ele comemorou também a aprovação da MP da Liberdade Econômica, que foi finalizada na quarta-feira, 14, na Câmara. "Estamos muitos seguros e confiantes de que as coisas vão andar direito", disse.