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Itaú Unibanco reduz projeção para IPCA de 2019 de 3,6% para 3,4%

Maria Regina Silva

São Paulo

13/09/2019 16h38

O Itaú Unibanco reduziu nesta sexta-feira, 13, suas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano e do seguinte. Em relatório divulgado nesta sexta, o banco afirma que a estimativa para a taxa de inflação em 2019 foi reduzida de 3,6% para 3,4%.

Já a projeção para o IPCA em 2020 passou de 3,6% para 3,5%. Ambas as expectativas estão aquém do centro da meta de inflação perseguido pelo Banco Central em 2019 (4,25%) e em 2020 (4,00%).

"Esperamos inflação ainda menor neste ano e no próximo, devido ao hiato elevado e à inércia favorável", argumenta a instituição.

O banco acrescenta ainda que a nova estrutura de ponderação para o IPCA traga um viés levemente deflacionário para as projeções inflacionárias de 2020 em diante.

Atividade e política monetária

Para o Itaú, a atividade econômica segue em recuperação morosa. A expectativa do banco para o Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida em alta de 0,8% em 2019 e de 1,7% em 2020, com mais flexibilização monetária à frente.

"Esperamos que o Copom reduza a taxa Selic para 5,50% ao ano em setembro. Adicionalmente, dado o quadro de recuperação lenta e as perspectivas benignas para a inflação, projetamos que a taxa Selic chegará a 5,00% ao ano até o fim de 2019", informa a nota assinada pelo economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita. O Copom se reunirá nos dias 17 e 18 da semana que vem. Atualmente, a Selic está em 6,00% ao ano.

De acordo com o banco, a recente depreciação do real não altera essa perspectiva de inflação baixa, uma vez que a pressão resultante sobre a inflação é compensada pela queda nos preços das commodities. A instituição manteve as previsões em R$ 3,80 este ano e em R$ 4,00 no ano seguinte, mas admite que, "na ausência de melhoras no cenário global, a moeda pode se estabilizar em um nível mais depreciado".

Reforma

Conforme o Itaú, a reforma previdenciária deve ser aprovada no Senado até o início de outubro, sem diluições adicionais em relação à versão atual. "A nossa confiança deriva da existência de uma maioria nacional no Congresso que não se opõe conceitual ou ideologicamente à proposta, bem como do consenso, entre formadores de opinião e na sociedade, sobre a necessidade de se restaurar a sustentabilidade financeira do sistema previdenciário", explica.

A versão aprovada, acrescenta, deve gerar uma economia de R$ 815 bilhões em dez anos, e o banco estima déficits primários de 1,1% e de 1,0% do PIB em 2019 e 2020, respectivamente.