Capital paulista tem maior proporção de endividados desde 2010, diz FecomercioSP
A cidade de São Paulo teve, em agosto, 2,28 milhões de famílias com algum tipo de dívida - o equivalente a 58% dos lares paulistanos. É a maior proporção de endividados desde 2010, quando a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) começou a registrar os números por meio da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC).
A proporção de famílias endividadas em agosto é 2,3 pontos porcentuais superior ao número de julho de 2019 e cerca de 4,4 pontos maior do que o registrado em agosto de 2018.
Na comparação interanual, a diferença representa aproximadamente 200 mil famílias.
Inadimplência
Também registrou alta em agosto a taxa de inadimplência, que saiu de 20,20% em julho para 21,10% - um aumento de 4,46%. A taxa é a terceira maior da série histórica iniciada em 2010 e representa 830 mil lares inadimplentes, 37 mil a mais do que no mês anterior.
Segundo a FecomercioSP, cerca de 344 mil famílias - 8,80% do total - declaram não ter condições de pagar as dívidas.
Compras parceladas
Segundo a FecomercioSP, o aumento no endividamento contribui para uma queda na disposição de consumidores comprarem por meio de crédito. A Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), também conduzida pela entidade, registrou queda de 10,60% na intenção de comprar um produto financiado ou parcelado nos próximos três meses - de 51,5 pontos em julho para os atuais 46,1.
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) também apresentou retração em agosto, recuando 1,90% de 111,9 pontos em julho para os atuais 109,8. A queda foi motivada por uma baixa nos três itens que integram o indicador: O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC), com -2,40%; o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), com -1,5%; e o Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), com -1,7%.
Assim, o Índice de Expansão do Comércio, que mede a propensão dos empresários a expandirem os negócios, também fechou o mês em queda, com -2,60%. A propensão do empresário a investir recuou 3,50% frente a julho e a expectativa de novas contratações caiu 2,0% no comparativo mensal. Mesmo assim, na comparação com o mesmo período de 2018, ambas registraram alta de 4,60% e 5,40%, respectivamente.
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