Aneel prorroga prazo de consulta pública sobre geração distribuída até 30/12
A prorrogação foi uma sugestão do diretor Rodrigo Limp, relator do tema na Aneel. Segundo ele, a Aneel recebeu muitas contribuições sobre o assunto e precisa de mais tempo para avaliá-las.
A agência está em processo de debate sobre as novas regras desde 2018. A primeira etapa da consulta pública, realizada no ano passado, teve um tom mais "conceitual". Já no primeiro semestre de 2019 as discussões estavam centradas na análise de impacto regulatório.
O modelo da micro e minigeração distribuída, como é tecnicamente chamado, atende hoje a 180 mil unidades de consumo e já deve custar R$ 400 milhões aos consumidores que não instalam painéis em suas casas - um subsídio anual de R$ 2.222,00 por unidade consumidora atendida. Com um crescimento exponencial nos últimos meses, sem mudanças no modelo, a previsão é que esse número chegue a R$ 1 bilhão em 2021 e a R$ 4 bilhões em 2027, segundo a Aneel.
Um sistema residencial de painéis fotovoltaicos tem custo inicial de cerca de R$ 15 mil. Se gerarem mais energia do que consomem, os usuários pagam apenas a taxa de disponibilidade de rede, cerca de R$ 50 mensais.
Agora, a agência se prepara para revisar as regras do segmento, já que esse benefício está embutido na conta de luz de todos os brasileiros.
Para especialistas, o modelo atual não é sustentável e externa as distorções das políticas públicas do setor elétrico. Para se ter uma ideia, no ano que vem, o subsídio da geração distribuída deve se igualar ao custo do programa Tarifa Social no Nordeste, que atende 5 milhões de famílias no Nordeste e confere subsídio médio anual de R$ 200 por unidade consumidora.
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