Troca de comando na Ambev vem em momento de vendas em queda
A chegada de Jereissati foi bem recebida por analistas. "O novo presidente vem da área de marketing, o que de certa forma é simbólico e fortalece a visão de como tem mudado o marketing de cerveja no Brasil", disse o banco BTG Pactual.
Jereissati entrou na Ambev em 2000, aos 26 anos. Ele ocupava o cargo de diretor de vendas e Marketing. A ascensão do executivo também foi vista como positiva pelo Credit Suisse. Os desafios do novo presidente são muitos, como mostram os últimos balanços da companhia: a margem de lucro está em queda desde 2011.
No terceiro trimestre de 2019, a Ambev registrou queda de 2,8% no volume de cerveja vendido. "Esse resultado veio após uma base de comparação fraca e durante um período no qual a indústria cresceu apenas um dígito, implicando perda de participação", lembrou Alan Alanis, do UBS, em relatório.
Além disso, a política de preços da Ambev acabou prejudicando a companhia, pois a concorrência foi na contramão e decidiu fazer promoções, fazendo com que ela perdesse mercado.
Como protagonista dessa redução de mercado aparece a Heineken, que iniciou em janeiro um programa de investimentos de quase R$ 1 bilhão para dobrar a capacidade de produção de suas fábricas brasileiras. A holandesa também ganhou relevância no marketing, patrocinando eventos relevantes, como a Fórmula 1 e o Rock in Rio.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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