Cobre fecha em queda, após China ameaçar retaliar EUA por lei sobre Hong Kong
Às 15h36 (horário de Brasília), o cobre para março era negociado a US$ 2,6745 a libra-peso, no pregão eletrônico da Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), uma queda de 0,80% em relação ao fechamento de ontem. Já o cobre para três meses recuou 0,89%, a US$ 5.892,00 a tonelada, na London Metal Exchange (LME).
O mercado internacional reage negativamente à ameaça da China de retaliar os Estados Unidos, após o presidente americano, Donald Trump, ter sancionado ontem uma lei em apoio às manifestações pró-democracia que ocorrem em Hong Kong desde março.
Segundo o jornal Global Times, o governo chinês considera barrar a entrada de formuladores de lei dos Estados Unidos no território semiautônomo, colocando-os em uma lista de indivíduos proibidos de entrar na China continental, em Hong Kong e Macau.
Já o vice-chanceler chinês Le Yucheng afirmou que a legislação é uma "séria interferência em assuntos internos da China e violação do direito internacional". A lei assinada por Trump prevê, por exemplo, sanções a indivíduos acusados de violar direitos humanos nos protestos em Hong Kong e fiscalização periódica das garantias de liberdade na região.
O analista de metais do Commerzbank Daniel Briesemann comenta que os preços do cobre caíram pela manhã com a aversão ao risco no exterior e que a liquidez nos mercados deve continuar baixa até o fim da semana. Além de os mercados estarem fechados hoje nos EUA, Briesemann lembra que a Black Friday amanhã "tende a ser usada para um fim de semana prolongado".
Entre outros metais básicos negociados na LME, o alumínio fechou em queda de 0,68%, a US$ 1.752 a tonelada, o níquel recuou 2,57%, a US$ 14.010 a tonelada, e o estanho avançou 0,12%, a US$ 16.420 a tonelada.
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