Com mudança na bandeira tarifária, Habitação pressiona IPC no IGP-M de novembro
Seis das oito classes de despesa que compõem os preços ao consumidor registraram aceleração no mês. A principal contribuição partiu do grupo Habitação, que saiu de deflação de 0,21% em outubro para alta de 0,19% em novembro, puxado pela reversão do comportamento de tarifa de eletricidade residencial (de -2,07% para 0,49%). O grupo de Alimentação também reduziu seu ritmo deflacionário, de -0,36% para -0,04%, puxado pela alta dos preços de carnes bovinas (0,85% para 3,76%).
Também tiveram aceleração Despesas Diversas (0,26% para 1,69%), com o reajuste do jogo lotérico (0,0% para 12,74%); Educação, Leitura e Recreação (0,06% para 0,28%), com contribuição de passagem aérea (-1,92% para 3,42%); Saúde e Cuidados Pessoais (0,24% para 0,30%), influenciado por artigos de higiene e cuidado pessoal (0,10% para 0,54%); e Vestuário (0,16% para 0,29%), com o aumento nos preços de roupas (0,29% para 0,44%).
Na outra ponta, os grupos de Comunicação (0,11% para -0,01%) e Transportes (0,22% para 0,21%) mostraram alívio nas suas taxas de variação. As oscilações foram puxadas, respectivamente, pela queda na tarifa de telefone móvel (0,36% para -0,02%) e pelo alívio nas taxas de variação da gasolina (1,0% para 0,61%).
Influências individuais
Além de jogo lotérico, gasolina e da tarifa de eletricidade residencial, contribuíram para puxar o IPC de novembro para cima o plano e seguro de saúde, que repetiu a taxa de 0,56% do mês anterior, e o contrafilé, cuja variação passou de 3,19% em outubro para 7,61% no mês.
Por outro lado, os alimentos in natura voltaram a marcar a lista de maiores pressões para baixo: cebola (-22,37% para -20,11%), tomate (8,10% para -14,07%), batata inglesa (-12,04% para -9,76%) e mamão papaia (-32,97% para -11,78%). O leite tipo longa vida também pressionou o indicador para baixo, com aumento na taxa de deflação (-0,99% para -1,94%).
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