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Dívida líquida em outubro é a mais alta desde março de 2003, diz BC

Getty Images
Imagem: Getty Images

Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues

Brasília

29/11/2019 13h53

O chefe adjunto do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Renato Baldini, destacou nesta sexta-feira, 29, que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) chegou a 55,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em outubro, o maior nível desde março de 2003, quando estava em 58,5% do PIB. A DLSP atingiu R$ 3,961 trilhões no mês passado.

"A elevação em outubro se deveu à apreciação cambial de 13,8% no mês passado", explicou Baldini.

Em setembro, a dívida líquida estava em 55,3% do PIB.

Já a redução a Dívida Bruta do Governo Geral recuou de 79,0% do PIB para 78,3% do PIB em outubro, aos R$ 5,549 trilhões. Esse é o menor nível desde fevereiro de 2019, quando estava em 77,5% do PIB.

"Foram registrados resgates líquidos na dívida bruta de R$ 53,3 bilhões em outubro, com impacto de 0,8 ponto porcentual no total da dívida. O superávit primário do Governo Geral e o resultado favorável das operações com swap também ajudaram. E, ao contrário da dívida líquida, a apreciação cambial faz o saldo da dívida bruta diminuir", explicou Baldini.

No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.

A Dívida Bruta do Governo Geral - que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais - é uma das principais referências para avaliação, por parte das agências globais de rating, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.