Indicador de desemprego (ICD) avança 3,1 pontos em novembro ante outubro, diz FGV
"O Indicador Antecedente de Emprego voltou a avançar em novembro recuperando a queda observada em outubro. Contudo, a virtual estabilidade do indicador em médias móveis trimestrais, pelo segundo mês consecutivo, reforça o cenário de dificuldades de avanços mais expressivos do mercado de trabalho, sugerindo continuidade da recuperação em ritmo gradual", avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) aumentou 3,1 pontos em novembro ante outubro, para 96,1 pontos. Em médias móveis trimestrais, o indicador subiu 0,9 ponto.
"Depois de cinco meses, o ICD voltou a ficar acima dos 95 pontos. O patamar elevado do indicador e a piora observada em novembro sugerem que ainda há um longo caminho para reduções em ritmo mais forte da taxa de desemprego", completou Rodolpho Tobler.
O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto maior o número, pior o resultado. Já o IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.
No IAEmp, seis dos sete componentes contribuíram positivamente para o resultado de novembro, com destaque para a Tendência dos Negócios da Indústria, que subiu 6,4 pontos.
No ICD, o avanço foi puxado pelas duas classes de renda familiar intermediárias: famílias com renda mensal entre R$ 2.100.00 e R$ 4.800.00 (7,4 pontos) e entre R$ 4.800.00 e R$ 9.600.00 (6,0 pontos).
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