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Sindicatos impedem início da desmobilização da Fafen-PR pela Petrobras

Fernanda Nunes

Rio

21/01/2020 18h15

O fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR) pela Petrobras continua mobilizando os sindicatos. Nesta terça-feira, 21, um grupo permaneceu na entrada da unidade para impedir a passagem de funcionários que trabalhariam no processo de drenagem dos produtos da fábrica, etapa necessária para garantir o desmonte definitivo da unidade.

De acordo com Gerson Castellano, diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), a ocupação não tem dia nem hora para acabar. O objetivo é pressionar a diretoria da Petrobras a negociar com os sindicatos o fechamento da unidade. Cerca de 1 mil trabalhadores vão ficar sem emprego por conta dessa decisão da estatal.

"Estamos recomendando a todos os trabalhadores da unidade que voltem para casa e não entrem, já que suas atividades vão colaborar para o fechamento da Fafen-PR", disse Castellano.

A Petrobras anunciou o fechamento da Fafen-PR na semana passada, após aprovação pelo conselho de administração.

Em comunicado ao mercado, a direção da companhia afirma que desde que a fábrica foi adquirida, em 2013, vem dando prejuízos recorrentes, e que, de janeiro a setembro de 2019, a perda chega a R$ 250 milhões. A FUP alega, porém, que o prejuízo decorre da política de preços adotada pela estatal, de equiparação à cotação internacional.

Segundo a FUP, o Ministério Público do Trabalho (MPT) do Paraná recebeu funcionários da Fafen-PR na última segunda-feira. Mas, sem a presença de representante da estatal, o encontro não gerou resultados.