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Witzel quer que governo adiante recursos do leilão da Cedae para conter crise

Wilson Witzel (PSC), governador do Rio de Janeiro - Dikran Junior/Futura Press/Estadão Conteúdo
Wilson Witzel (PSC), governador do Rio de Janeiro Imagem: Dikran Junior/Futura Press/Estadão Conteúdo

Fábio Grellet

Rio

25/03/2020 18h49

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), propôs nesta quarta-feira, 5, que o governo federal adiante os recursos financeiros obtidos após o leilão de concessão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio da Janeiro (Cedae) para minimizar os efeitos da crise econômica causados pela queda do preço do barril do petróleo e da pandemia do novo coronavírus.

A proposta foi feita durante a videoconferência com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e os demais governadores do Sudeste (João Doria, de São Paulo, Romeu Zema, de Minas Gerais, e Renato Casagrande, do Espírito Santo).

Em entrevista coletiva à imprensa logo após a reunião, o governador afirmou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizou que esta deverá ser a prática adotada para ajudar os Estados.

"Saí otimista da reunião. Sempre defendi o diálogo e a união de esforços para o bem do Brasil e do povo fluminense. A operação do leilão da Cedae, que está sendo conduzido também pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), está prevista para acontecer em outubro. Este primeiro leilão será a concessão das linhas de distribuição de água de 44 municípios e da capital fluminense, dividido em quatro blocos. Está prevista uma outorga de R$ 11 bilhões. Mesmo com a crise global, ainda há muito interesse nesta operação. O que o ministro Guedes sinalizou, e eu coloquei em pauta, foi a possibilidade de antecipar dois terços da outorga. O contrato do leilão só será assinado no mês de fevereiro do ano que vem e, por isso, teríamos a necessidade da antecipação desse recurso", disse o governador.

Durante a conferência, Witzel apresentou o cenário atual da economia fluminense.

"Na parte econômica, duas crises atingem o Rio de Janeiro: a crise do petróleo e a crise econômica decorrente das medidas restritivas de circulação por conta da pandemia. O Rio de Janeiro já apresentava um déficit de R$ 10 bilhões. Somando as duas crises são R$ 20 bilhões. Além da antecipação dos recursos do leilão da Cedae, o ministro Guedes também sinalizou positivamente para o avanço do plano Mansueto", afirmou o governador, referindo-se à proposta que tramita no Congresso Nacional para alocar mais recursos para Estados e municípios.