Lockdowns trazem impactos de curto prazo em produção e oferta de produtos, diz BC
"A disseminação de Covid-19 em âmbito global tem levado vários governos a restringir a circulação de pessoas e, mais recentemente, a impor lockdowns, como forma de retardar a disseminação do vírus e, dessa forma, reduzir a sobrecarga sobre os sistemas de saúde locais", registrou o BC em um boxe do RTI.
"Essas medidas, adotadas com o objetivo de conter a velocidade de propagação do vírus, trazem impactos no curto prazo sobre linhas de produção e oferta de produtos e serviços, além de implicarem recuos significativos na demanda por bens e serviços em determinados segmentos, elevando o desemprego e reduzindo a renda do trabalho", acrescentou a instituição.
Potência da política monetária
O RTI traz também um boxe sobre o aumento da potência da política monetária tanto sobre o mercado de crédito como sobre a inflação. O documento realiza dois exercícios independentes, sobre cada um desses fatores.
O documento mostra que o crédito bancário passou por alterações nos últimos anos que tendem a aumentar a potência da política monetária, como a maior participação dos empréstimos com recursos livres no crédito total e a mudança na taxa de juros utilizada nas concessões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A alteração na forma de remuneração dos depósitos de poupança é outro fator citado pelo BC.
"No mesmo sentido, a evidência preliminar trazida por modelo semiestrutural é compatível com a hipótese de mudança na transmissão da política monetária, sugerindo que a sensibilidade da inflação a variações da Selic aumentou no período mais recente", completa o BC.
China
O Banco Central ainda avaliou nesta quinta, por meio de seu RT), que a normalização do ritmo da atividade econômica na China está sendo postergada para o segundo semestre de 2020. Em boxe que analisa os efeitos da epidemia do novo coronavírus na economia global, o BC ponderou que, anteriormente, esperava-se que isso ocorresse ainda no segundo trimestre do ano.
De acordo com o BC, a normalização vai sendo postergada para o segundo semestre em função de três fatores: "i) a abrupta paralisação causada pelas rígidas medidas de lockdown impostas pelo governo chinês, que alcançou atividades de grande complexidade nas cadeias globais de produção; ii) a disseminação rápida do novo coronavírus fora da China, afetando parceiros comerciais importantes; e iii) as dificuldades para o retorno à normalidade do trabalho e do consumo sob risco de uma segunda onda epidêmica".
Neste cenário, conforme o BC, projeções indicam redução de aproximadamente 2 pontos porcentuais no crescimento da China para 2020. "Apesar de a China ter alcançado a fase de desaceleração do ciclo de contágio do novo coronavírus, as repercussões de uma desaceleração global deverão ser relevantes", diz o BC.
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