Guedes: medidas de combate a impacto econômico da covid-19 já somam 2,6% do PIB
"Mandetta está administrando a primeira onda, de saúde, está com plano de combate bem definido", afirmou Guedes.
O ministro citou uma série de iniciativas já anunciadas, como liberação de compulsórios para dar maior poder de fogo aos bancos na oferta de crédito, antecipação de 13º de aposentados e pensionistas do INSS, inclusão de famílias no Bolsa Família e criação de auxílio emergencial a trabalhadores informais. Ele também citou medidas para proteger o emprego de quem tem carteira assinada, que devem sair "hoje ou amanhã".
"Estamos lançando esses recursos, já somamos 2,6% do PIB nesse Orçamento de Guerra e que chamo de medidas emergenciais", disse Guedes, em referência a como os gastos "paralelos" da crise estão sendo chamados. "Já tínhamos um déficit estrutural de 2,6% e já está em 5,2% do PIB."
Segundo Guedes, Bolsonaro orientou a usar todos os recursos necessários para defender a saúde e o emprego dos brasileiros. "Instrução do presidente foi clara, não vai ficar nenhum brasileiro para trás", comentou. "Já passamos de R$ 700 bilhões no dinheiro mobilizado para receber o impacto sobre a saúde. Além das medidas creditícias, temos medidas de suplementação salarial e manutenção de renda", disse.
O ministro destacou que a decretação de calamidade pública deu espaço para o governo "esticar os recursos" e começar a gastar mais sem se preocupar tanto com a meta fiscal para o ano, que permite déficit de R$ 124,1 bilhões.
No entanto, Guedes afirmou que ainda há um "problema técnico" de liberação de fontes, e que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento de Guerra que está sendo articulada com o Congresso tratará da "velocidade de liberação de fontes". Ele disse que restam apenas trâmites jurídicos e legislativos.
Guedes repetiu que o Brasil estava concentrado em reformas estruturantes quando foi atingido pelo vírus. "Assim que tivemos a confirmação da gravidade da crise, começamos a fazer primeiras medidas", afirmou.
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