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Não há dificuldade em vender títulos de curto prazo, diz Mansueto

Eduardo Rodrigues e Lorenna Rodrigues

Brasília

23/04/2020 16h12

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse nesta quinta-feira, 23, que o órgão já voltou a emitir títulos de curto e médio prazo no mercado para financiar os gastos com medidas para o combate à crise do novo coronavírus. Segundo ele, desde a semana passada, o Tesouro já emitiu cerca R$ 20 bilhões em papéis.

"Começamos o ano com colchão de liquidez grande, usamos esses recursos. Em algum momento teríamos que pedir recursos à sociedade por meio de leilões de títulos. Captamos R$ 10 bilhões na semana passada e hoje novamente emitimos perto de R$ 10 bilhões. Mas o volume de recursos que teremos que pedir à sociedade será muito maior", afirmou o secretário, em teleconferência organizada pelo Lide Ceará.

Mansueto negou que o governo tenha dificuldades em vender títulos de curto prazo. "Não é verdade que o governo tenha dificuldade de rolar a dívida. O que já vínhamos destacando era a dificuldade de vender títulos de longo prazo, mesmo antes da crise", completou.

Em nota técnica divulgada na semana passada, o Tesouro endureceu o tom e alertou para o risco de financiamento de títulos no mercado para bancar a dívida pública. No documento, a equipe comandada pelo secretário Mansueto advertiu que nenhum governo tem capacidade de se endividar infinitamente e controlar a inflação simultaneamente.

Eleições

Provocado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) sobre uma possível candidatura em eleições futuras, Mansueto Almeida, disse não ter pretensões políticas. "Tenho profundo respeito por políticos, mas sou técnico e depois que sair do governo vou para o setor privado", respondeu o secretário na teleconferência.

No fim do ano passado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a dizer que Mansueto é o mais cotado para assumir a diretoria-executiva do Conselho Fiscal da República, órgão proposto na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Novo Pacto Federativo - cuja tramitação está parada no Congresso Nacional.