Não há dificuldade em vender títulos de curto prazo, diz Mansueto
"Começamos o ano com colchão de liquidez grande, usamos esses recursos. Em algum momento teríamos que pedir recursos à sociedade por meio de leilões de títulos. Captamos R$ 10 bilhões na semana passada e hoje novamente emitimos perto de R$ 10 bilhões. Mas o volume de recursos que teremos que pedir à sociedade será muito maior", afirmou o secretário, em teleconferência organizada pelo Lide Ceará.
Mansueto negou que o governo tenha dificuldades em vender títulos de curto prazo. "Não é verdade que o governo tenha dificuldade de rolar a dívida. O que já vínhamos destacando era a dificuldade de vender títulos de longo prazo, mesmo antes da crise", completou.
Em nota técnica divulgada na semana passada, o Tesouro endureceu o tom e alertou para o risco de financiamento de títulos no mercado para bancar a dívida pública. No documento, a equipe comandada pelo secretário Mansueto advertiu que nenhum governo tem capacidade de se endividar infinitamente e controlar a inflação simultaneamente.
Eleições
Provocado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) sobre uma possível candidatura em eleições futuras, Mansueto Almeida, disse não ter pretensões políticas. "Tenho profundo respeito por políticos, mas sou técnico e depois que sair do governo vou para o setor privado", respondeu o secretário na teleconferência.
No fim do ano passado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a dizer que Mansueto é o mais cotado para assumir a diretoria-executiva do Conselho Fiscal da República, órgão proposto na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Novo Pacto Federativo - cuja tramitação está parada no Congresso Nacional.
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