Propor fim do isolamento no Brasil "é imoral", diz filósofo americano
O filósofo americano Michael J. Sandel se notabilizou pelo curso "Justiça", na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, em que discute ética e democracia, e pelas palestras que faz pelo mundo sobre os limites das discussões morais. Ao participar de um painel da Brazil Conference at Harvard & MIT, ontem, o filósofo disse que a discussão sobre privilegiar economia ou saúde durante a pandemia do novo coronavírus é um "falso dilema", pois as políticas públicas devem ser norteadas pela busca do "bem comum". Segundo ele, propor o fim de medidas de isolamento social agora seria um "cálculo imoral", ou seja, sacrificar algumas vidas para ter o comércio funcionando.
"É um erro ver uma competição entre a economia e medidas de saúde", disse Sandel, fazendo uma referência à situação vivida atualmente pelos Estados Unidos, onde governadores de alguns Estados estão patrocinando a retomada das atividades econômicas enquanto o número de casos no país ultrapassa a casa dos 1,3 milhão e o de mortos chega a 77,4 mil. "Estão fazendo isso mesmo sabendo que não é seguro", declarou o filósofo.
Em resposta ao jornalista Pedro Bial, que conduziu a live, Sandel disse que em um momento de emergência, como o mundo vive hoje, discussões éticas ficam "em frente aos nossos olhos".
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