Medidas adicionais podem ser necessárias para evitar mais impactos, diz Powell
Em conferência do Instituto Peterson de Economia Internacional (PIIE, na sigla em inglês), o banqueiro central destacou que o tamanho e a velocidade da crise não têm precedentes na história moderna, com "severo declínio na atividade econômica e no emprego". "Continuaremos a usar nossas ferramentas até que crise seja superada", defendeu.
"A crise pode levar a período de baixa produtividade e estagnação de renda", disse o presidente do Fed. "Tempos prolongados de desemprego deixam impactos negativos por anos", completou.
Powell aproveitou para fazer um novo chamamento à política fiscal, cujas iniciativas, para ele, podem ser custosa, mas são válidas para evitar prejuízos à atividade. Ele disse que não pode tomar posição sobre medidas dessa seara, mas ponderou que é preciso voltar a um caminho fiscal sustentável após a crise. "Tempo para ajustar campo fiscal é em momentos de crescimento econômico", ressaltou.
O banqueiro central dos EUA, contudo, enfatizou que as ferramentas emergenciais adotadas pelo BC americano serão extintas com o fim da crise, um momento que, para ele, pode demorar. "O problema de liquidez pode se tornar crise de solvência", alertou Powell. "Vai levar algum tempo para voltar para onde estávamos antes da crise. Economia deve ter recuperação sustentável quando vírus estiver controlado", completou, ressaltando que a retomada pode demorar mais tempo do que ele gostaria.
Juros negativos
Powell afirmou que a autoridade monetária não está considerando, no momento, a implementação de juros negativos nos Estados Unidos e que a crise provocada pelo coronavírus não mudou as visões dos dirigentes sobre o tema.
Ele lembrou que, durante a crise financeira global, o Fed preferiu outros ferramentas, entre eles o "foward guidance" e compra de ativos. "E nós já dissemos que pretendemos continuar usando essas ferramentas", afirmou.
Na avaliação de Powell, não existe um consenso sobre a eficácia de juros negativos em corrigir desequilíbrios econômicos. "Na reunião de outubro, nós revisitamos essa questão e a minuta (do encontro) diz que todos os participantes julgam que juros negativos não parecem ser uma política atrativa no momento", ressaltou.
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