Digital trouxe crescimento no 2º trimestre, atestam Magalu, MRV e Locamérica
O uso de estratégias digitais para manutenção de vendas e serviços durante esse período de isolamento social forçado pela pandemia do novo coronavírus produziu melhores resultados ao longo do segundo trimestre, disseram os presidentes do Magazine Luiza, MRV e Unidas durante painel do Expert XP.
Frederico Trajano, presidente do Magazine Luiza, disse que em maio, no segundo mês da pandemia, quando algumas lojas já estavam abertas, a varejista cresceu 46% em relação ao mesmo período do ano passado, com destaque no segmento digital, que avançou 200% no período. Segundo ele, foi difícil para a empresa o momento do fechamento das lojas físicas, necessário por conta da quarentena como medida para restringir a disseminação do vírus.
Ele lembrou que o Magazine Luiza já vinha investindo no digital há muitos anos, mas que na chegada da pandemia metade de sua receita vinha ainda das lojas físicas. A partir dali foi preciso virar a chave. "A única forma de atravessar esse período era por meio da digitalização", disse.
Já o presidente da construtora MRV, Rubem Menin, afirmou que o segundo trimestre foi o melhor na história da companhia. "A transformação digital é irreversível", disse. "Muitas pessoas compraram casa própria por meio digital e mais de 50% das nossas vendas foram feitas pela plataforma digital", citou.
Assim como Trajano, Menin disse que a companhia ficou assustada no início da crise, mas que agora estão muito satisfeitos com os resultados alcançados pelas escolhas feitas. O executivo chamou a atenção, no entanto, para que as autoridades se preocupem com a saúde. "Estamos preocupados com o Brasil, a doença não foi vencida e precisamos de união nacional para acabar com as briguinhas que acontecem e irmos todos para o mesmo lado", pontuou.
O presidente da Unidas, Luis Fernando Porto, disse que a empresa se reinventou para atravessar esse período. Entre as medidas, a empresas realizou uma promoção para algumas categorias de profissionais, como os da saúde. Para os motoristas de aplicativos, a decisão foi dar descontos de acordo com o uso dos veículos, para que os carros não fossem devolvidos.
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