Para Ipea, mudança vai ajudar a impulsionar PIB
O estudo do Ipea, em nota técnica do pesquisador João Maria de Oliveira, considera apenas a unificação dos impostos federais, estaduais e municipais sobre o consumo, embutidos nos preços finais de mercadorias e serviços. Ficaram de fora da estimativa os tributos sobre renda e patrimônio e sobre a folha de salários.
No Brasil, os diferentes impostos sobre o consumo respondem por cerca de 50% da arrecadação total, o que é considerado uma anomalia internacional. Entre os membros da OCDE - o chamado "clube dos países ricos" -, a maior parte da arrecadação vem de impostos sobre renda e patrimônio, relata o Ipea.
Uma consequência disso é que os preços em geral ficam mais elevados, prejudicando os mais pobres. Eles pagam mais impostos proporcionalmente à renda, porque os tributos embutidos nos produtos são os mesmos para pobres e ricos. Além disso, "benefícios fiscais, regimes especiais e isenções", previstos numa "montanha de leis, decretos, regulamentos e portarias", geram distorções na economia, diz o instituto.
"É uma oportunidade de, ao fazer esse rearranjo, possibilitar que a economia se movimente com uma alocação mais eficiente dos investimentos", disse Oliveira.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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