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Azul lança nova empresa de aviação regional e quer chegar a 200 cidades

A Azul lançou sua nova subsidiária para o mercado de voos regionais: a Azul Conecta.  - Divulgação/Azul
A Azul lançou sua nova subsidiária para o mercado de voos regionais: a Azul Conecta.
Imagem: Divulgação/Azul

Cristian Favaro

São Paulo

11/08/2020 12h43Atualizada em 11/08/2020 22h00

A Azul lançou, hoje (11), sua nova subsidiária para o mercado de voos regionais: a Azul Conecta. A cerimônia de lançamento, presencial, foi em Jundiaí e contou com a presença de profissionais e executivos da empresa e representantes do governo. Com o passo, a empresa mira elevar sua cobertura no País e quer atingir 200 cidades nos próximos anos.

A empresa é fruto da aquisição da TwoFlex, anunciada no início deste ano. Com atuação em 36 destinos no país, a Azul Conecta é composta por 17 aeronaves modelo Cessna Gran Caravan, um turboélice regional monomotor com capacidade para até nove assentos. Dos 17 aviões, três são exclusivamente cargueiros.

"Com essas aeronaves vamos transformar o Brasil mais uma vez. Vamos chegar a 200 destinos. Todo mundo está triste com o que esta acontecendo no mundo, mas isso vai acabar. Temos de olhar para frente e ajudar o Brasil a crescer", disse o presidente da Azul, John Rodgerson.

O executivo parabenizou ainda o governo por sua atuação para abrir o setor aéreo, trazendo oportunidades para as empresas.

O secretário Nacional de Aviação Civil (SAC) do Ministério da Infraestrutura, Ronei Saggioro Glanzmann, que também esteve em Jundiaí para o lançamento, destacou a importância de elevar a cobertura aérea no Brasil. "Chegar com esse tipo de aeronave é fundamental. Não temos aeroportos como Congonhas em todos os lugares do Brasil", disse, defendendo a demanda de passageiros por voos em municípios mais afastados.

"Nos acreditamos muito na aviação sub-regional. No atendimento das cidades que hoje a gente não conseguiria fazer com a frota que a gente tem. Caravan é um avião versátil. Essa versatilidade de frota ajuda muito a atender esses mercados menores", disse o vice-presidente Técnico-Operacional da Azul e diretor presidente da Azul Conecta, Flavio Costa.

Com a Conecta, o grupo cobre hoje 152 municípios. Entre as regiões que ele vê mais oportunidades estão a Norte e Centro-Oeste. "São regiões muito desabastecidas. Mas também há oportunidades em cidades pequenas no Sudeste e Sul", disse.

A compra da TwoFlex foi anunciado em janeiro de 2020 pela companhia. Em maio, a empresa concluiu a aquisição pelo preço total de R$ 123 milhões. O negócio teve aprovação sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica, decisão proferida em 27 de março.

A antiga TwoFlex, de Jundiaí (SP), oferecia serviço regular de passageiros e cargas para 39 destinos, três deles já então atendidos pela Azul. A empresa operava 14 slots na pista auxiliar de Congonhas.

O negócio, apesar de pequeno, foi muito bem recebido pelo mercado à época por elevar a presença da Azul em Congonhas, terminal mais disputado no país pelas companhias.

Com os slots na pista auxiliar, a Azul está praticamente operando sozinha em Congonhas durante a reforma da pista principal do terminal. Gol e Latam, que trabalham apenas com aviões maiores, tiveram de deslocar suas rotas para Guarulhos durante as intervenções na pista, que vão do dia 5 de agosto até 5 de setembro.

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