Inflação de serviços sai de -0,47% em agosto para 0,17% em setembro, aponta IBGE
A inflação de serviços saiu de uma queda de 0,47% em agosto para um avanço de 0,17% em setembro, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No acumulado do ano, a inflação de serviços recua 0,05%.
"Acho que não dá pra falar numa pressão (de demanda) ainda sobre o setor de serviços. Mas, de fato, há uma diferença nessa trajetória", disse Kislanov. Em setembro, os dois principais impactos foram de alimentação fora de casa e passagem aérea.
"Pelo lado da demanda, a gente tem efeito, principalmente, sobre preços dos alimentos", avaliou Kislanov, acrescentando que o pagamento do auxílio emergencial fez as famílias de renda mais baixa destinarem mais recursos à aquisição de alimentos básicos. "Agora, temos que ver como vai se dar essa flexibilização, de forma gradual, a gente tem que aguardar os próximos meses para ver o impacto (nos preços)", disse ele.
"O cenário é de incerteza não só na economia, mas também na saúde. Se fala em segunda onda de covid. O que dá para notar é que realmente os serviços apresentaram uma alta em alguns componentes, o que pode indicar melhora da atividade econômica e pode ser efeito da flexibilização", completou.
Para Kislanov, o repasse de preços mais elevados do atacado para o varejo se dá apenas em algumas categorias de produtos e ainda depende do aquecimento da atividade econômica. Ele lembra que a inflação no atacado é mais sensível a câmbio e preços de commodities.
"No IPCA fica mais difícil o repasse dos preços do produtor ao consumidor final. Claro que em grande medida acabam repassados, como o caso do arroz e do óleo de soja, mas quando você tem estoque maior fica mais fácil não repassar", disse Kislanov.
Ainda no IPCA, a inflação de bens e serviços monitorados saiu de uma elevação de 0,78% em agosto para alta de 0,13% em setembro. Segundo Kislanov, ainda não há previsão de retomada da coleta presencial do IPCA. O indicador permanece com coleta totalmente remota.
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