Índice de evolução da produção sobe a 59,1 pontos em setembro, diz CNI
No levantamento, a CNI destaca que a atividade industrial mostrou nova aceleração em setembro, com aumento significativo das contratações. O índice de evolução do número de empregados chegou a 55,3 pontos no mês passado, contra 49 de setembro de 2019 e 53,8 de agosto deste ano.
"Com a nova alta, a indústria operou acima do usual para o mês, com utilização da capacidade instalada acima do registrado nos últimos anos", aponta a CNI.
Segundo a entidade, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou em 72% em setembro, aumento de 1 ponto porcentual em relação a agosto. "Com a alta, a UCI do mês de setembro passa a situar-se 3 p.p. acima do registrado em setembro de 2019, se iguala ao porcentual registrado em setembro de 2014 e supera o registrado no mesmo mês de todos os anos subsequentes", afirma.
Já o índice de UCI efetiva em relação ao usual aumentou 2,7 pontos em setembro, para 50,4, comparado a agosto. Em relação a setembro de 2019, o crescimento foi de 7,5 pontos. De acordo com a CNI, desde novembro de 2010, quando registrou 50,5 pontos, o índice não mostrava aquecimento excepcional da atividade industrial.
Situação financeira
A CNI também destaca que a recuperação mais rápida e intensa que prevista fez com que melhorasse a situação financeira das empresas. "O empresário mostra satisfação com a situação financeira e insatisfação apenas moderada com relação às suas margens de lucro. O acesso ao crédito é mais fácil que nos dois trimestres anteriores, mas ainda é mais difícil que antes da pandemia, no último trimestre de 2019", aponta.
O índice de situação financeira do terceiro trimestre de 2020 atingiu 52,4 pontos ante 42,5 do segundo trimestre, e 47,2 do terceiro trimestre de 2019. O índice de acesso ao crédito nos meses de julho a setembro deste ano ficou em 41,5 pontos. No segundo trimestre, era de 33,1.
Por outro lado, mesmo com as altas na produção, a CNI aponta que os estoques seguem em queda e abaixo do desejado pela indústria. Segundo a entidade, a falta ou alto custo de insumos tornou-se o principal problema enfrentado pelas empresas no terceiro trimestre e elevada carga tributária caiu para a segunda posição.
"A alta volatilidade e a intensa desvalorização do real em relação ao dólar americano, com efeitos nos preços de insumos, fez com que a taxa de câmbio subisse da quarta para a terceira posição entre os principais problemas da indústria", ressalta a CNI.
O índice de evolução dos estoques ficou em 44,7 pontos em setembro, contra 46,3 de agosto, e 50,4 pontos de setembro do ano passado.
Já as pontuações relacionadas à expectativa da indústria apresentaram crescimento geral em relação ao ano passado. De demanda, o índice foi de 56,7 em outubro de 2019 para 61,6 no mesmo mês deste ano.
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