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Dona da Farm compra marca de moda NV, da blogueira Nati Vozza

A influencer de moda, Nati Vozza - Reprodução/Instagram
A influencer de moda, Nati Vozza Imagem: Reprodução/Instagram

Talita Nascimento e Matheus Piovesana

São Paulo

27/10/2020 07h10

O Grupo Soma —dono das lojas Farm— fechou acordo para adquirir a NV Comércio de Roupas, por até R$ 210 milhões, segundo comunicado divulgado ontem. Conhecida pela marca by NV, a empresa foi criada em 2009 pela influenciadora digital de moda Nati Vozza.

A operação vai ser paga parcialmente em dinheiro (47%), com o restante sendo distribuído em ações aos sócios da NV —Beatriz e Antônio Carlos Junqueira, além de Natália Vozza.

O movimento da dona da Farm vem logo após outro grande anúncio no setor de moda: a compra da Reserva pela empresa de calçados e acessórios Arezzo, por R$ 715 milhões, anunciada na última sexta-feira (23).

O anúncio da aquisição vem quatro meses depois de o Soma fazer seu IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) na B3. A operação arrecadou mais de R$ 1,8 bilhão para a companhia.

De acordo com o Soma, a compra faz parte de sua estratégia de expandir o portfólio de marcas, ampliando a oferta de produtos. Além da Farm, o Soma também controla grifes como Animale, Cris Barros, A. Brand e Maria Filó, todas dedicadas a mulheres das classes A e B.

Hoje, a NV tem cinco lojas físicas, site de e-commerce e vendas no atacado. Natália e Antônio continuarão à frente da marca em postos executivos.

A operação depende da aprovação por parte do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e de outras condições. O mercado financeiro aprovou o negócio, e os papéis do Soma fecharam o pregão em alta de 9,9%, cotados a R$ 9,85.

Apesar da alta de ontem, o Soma acumula queda de 1,99% em suas ações em 30 dias. O segmento de moda para a alta renda, de forma geral, vive dias difíceis.

O mercado está atento à Restoque (dona de Le Lis Blanc e Dudalina) e à InBrands (de Ellus e Richards), que vêm enfrentando dificuldades, segundo fontes do setor. A primeira teve forte prejuízo no 1º semestre e a segunda busca opções para seu endividamento.

As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".