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Waldery: Impacto previsto de medidas contra covid-19 em 2021 é de R$ 31,6 bi

Célia Froufe e Fabrício de Castro

Brasília

22/12/2020 16h03

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, informou nesta terça-feira, 21, que o impacto previsto das medidas contra a pandemia no ano que vem será de R$ 31,6 bilhões, o que representaria 0,40% do Produto Interno Bruto (PIB). A maior parte desse valor - R$ 20 bilhões - se deve ao Plano Nacional de Imunização da População Brasileira contra a covid-19, programa que o governo vem falando que servirá para adquirir vacinas e para gastos com logísticas entre outros e também para a reabertura de crédito.

Os outros R$ 11,6 bilhões são restos a pagar e reabertura de créditos. Desse total, há execução de restos a pagar em 2021 pelo Ministério da Cidadania (R$ 900 milhões), da Saúde (R$ 1,3 bilhão) e do Trabalho e Previdência (R$ 7,7 bilhões), além de R$ 1,7 bilhão para reabertura de crédito.

De acordo com a equipe econômica, da Cidadania, cerca de R$ 340 milhões são referentes ao auxílio emergencial, R$ 521,3 milhões são da ação de enfrentamento à emergência, e R$ 9,6 milhões são referentes ao fundo de assistência social. No caso da Saúde, R$ 680 milhões são do consórcio Fiocruz/Astrazeneca, R$ 618,7 milhões para o Fundo Nacional de Saúde e R$ 600 milhões são do hospital GHC, do Rio Grande do Sul. No caso da secretaria de Previdência, o valor tem relação com uma ação do benefício emergencial de preservação de emprego e renda.

PIB

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia traçou um quadro positivo para a economia do ano que vem, elogiou o trabalho do Congresso e reforçou a análise feita pelo ministro Paulo Guedes de que o País se tornará um dos maiores destinos de investimentos estrangeiros em 2021. "Estamos em vias de aprovar a autonomia do Banco Central. O congresso é reformista. Tivemos mostra disso em 2019, com a mais importante reforma, que foi a da Previdência", disse.

Segundo ele, a área da Previdência está trazendo "boas surpresas" e os valores têm sido até melhores do que os previstos. "Isso pode até trazer mais fôlego fiscal", afirmou. Para o secretário, a possibilidade de crescimento em 2021será de uma expansão sólida, que se dá com base em alguns indicadores, como o da Bolsa de Valores acima de 100 mil pontos e emissão no exterior com vencimentos em 2025, 2030 e 2040 com demanda bem superior do que a oferta. "O Brasil tem condições de se tornar o maior captador de investimentos do mundo, como disse o ministro."