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Reforma tributária deve sair este ano, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes - Evaristo Sá/AFP/24-05-2019
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes Imagem: Evaristo Sá/AFP/24-05-2019

Anne Warth, Emilly Behnke e Daniel Galvão

Brasília

22/01/2021 07h26

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse ontem que o governo buscará fazer a reforma tributária "no corrente ano" e negou que o objetivo seja aumentar impostos. Segundo o presidente, se a reforma provocar aumento de tributos é "melhor deixar como está".

A reforma tributária é uma das apostas do governo para a retomada da economia após a pandemia da covid-19. Bolsonaro disse que hoje as empresas "gastam muito tempo e gastam muito dinheiro" com os cálculos de prestações de contas e, por isso, a ideia do governo é "simplificar" o sistema.

"Vamos, se Deus quiser, fazer a reforma tributária no corrente ano. E o que eu falei com o Paulo Guedes? Eu não sou economista, mas fazer as quatro operações a gente sabe fazer. No final das contas, não podemos ter majoração da carga tributária, senão deixa como está", disse.

Ontem, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato apoiado pelo Planalto na disputa pela presidência do Senado, reconheceu que há discussões sobre a criação de um novo imposto nos moldes da extinta CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), mas afirmou que somente apoiará a iniciativa se houver medidas compensatórias, como a desoneração da folha salarial.

Conforme o "Estadão" revelou, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende reapresentar a proposta do novo imposto se o deputado Arthur Lira (PP-AL), candidato à presidência da Câmara, vencer a eleição de fevereiro.

Bolsonaro disse ainda que é importante ter uma boa relação com o Congresso para que projetos de interesse do governo sejam pautados. Ele reclamou do fato de que uma medida provisória de regularização fundiária ter caducado e prometeu reapresentá-la neste ano.

"Hoje em dia estamos tendo um bom relacionamento com Câmara e com o Senado", disse Bolsonaro, sem mencionar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), seu desafeto político.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.