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Comissário da UE para Economia ressalta incertezas e defende apoio fiscal

Iander Porcella

São Paulo

28/01/2021 14h21

O comissário europeu para Economia, Paolo Gentiloni, alertou nesta quinta-feira, 28, para a incerteza que a pandemia de covid-19 ainda gera e defendeu que o apoio fiscal não seja retirado "prematuramente" na zona do euro. "Milhares de europeus ainda morrem todos os dias. Como políticos e economistas, devemos notar que ainda temos uma enorme incerteza, apesar de sabermos que no final vamos vencer essa luta", ressaltou a autoridade em um discurso preparado para um evento da Comissão Europeia.

Na visão de Gentiloni, o começo da vacinação contra o coronavírus é a "famosa luz no fim do túnel", mas ele ponderou que ninguém conhece, de fato, o tamanho do túnel.

"Acho que nessas semanas todos estamos experimentando como a situação permanece incerta.Por causa das variantes e por causa do desafio da distribuição e disponibilidade de vacinas", afirmou ele.

A União Europeia está, atualmente, em um impasse com a farmacêutica AstraZeneca sobre o ritmo de entrega dos imunizantes.

O comissário alertou também para a necessidade de manter o apoio fiscal à economia. "A gravidade da crise atual exige uma resposta significativa da política fiscal, que não deve ser eliminada prematuramente", frisou.

Gentiloni disse ainda que a recuperação econômica neste ano deverá variar entre os países que compõem a União Europeia. Para ele, uma divergência "excessiva" nessa retomada pode ter "consequências sérias".