Grupo Ultra avança em venda de ativos
Com as vendas, o Ultra pretende focar sua atuação em negócios relacionados ao mercado de óleo e gás, como os postos Ipiranga, a Ultragaz e a Ultracargo. Apesar do desinvestimento de áreas não prioritárias, a companhia não "conta" com esses recursos para crescer em ativos relacionados ao negócio principal, disse uma fonte. O conglomerado quer, por exemplo, investir em refino e está na briga por refinarias da região Sul colocadas à venda pela Petrobrás.
As propostas das interessadas na Oxiteno foram feitas na semana passada. Entre os interessados estariam a holandesa LyondellBasell (que no passado negociou com a petroquímica Braskem, sem sucesso) e fundos de private equity. Outra potencial compradora seria a própria Braskem, mas fontes de mercado questionam a capacidade da empresa, que tem como sócias a Novonor (ex-Odebrecht) e a Petrobrás, de fazer a aquisição. A participação, dizem fontes, seria para "marcar posição". Já a Unipar, apontada em 2020 como potencial compradora, está fora da disputa. A visão, até aqui, é de que a venda seja feita a um estrangeiro.
Para a Extrafarma - negócio que o Ultra comprou em 2013, quando planejava tornar os postos Ipiranga uma espécie de "hub" de varejo, com várias conveniências -, a aposta do mercado é que uma rede nacional de maior porte incorpore as lojas à sua estrutura. Nesse cenário, a Pague Menos apareceria na ponta, embora as negociações ainda não estejam avançadas. A Extrafarma - originalmente fundada no Pará - tem hoje 400 lojas e fatura R$ 1,5 bilhão por ano. A Pague Menos, criada em Fortaleza (CE), já é bem maior: tem mais de 1,1 mil pontos de venda pelo País.
No processo da Oxiteno, espera-se para as próximas semanas a seleção de dois ou mais interessados que participarão da segunda fase da venda, a das propostas vinculantes, que embutem o compromisso da compra em caso de aprovação. A expectativa do Ultra, dizem fontes, é que as negociações sejam concluídas dentro de cerca de dois meses.
Uma fonte afirmou que o Grupo Ultra ainda baterá o martelo se seguirá com o processo de venda da Extrafarma, que está em um passo anterior ao processo envolvendo a Oxiteno. Isso dependerá, conforme fontes, das ofertas que surgirem.
Para a venda da Oxiteno, o Grupo Ultra contratou o Bank of America. No caso da busca de um comprador para a Extrafarma, quem conduz o negócio é o Bradesco BBI.
Procurada, a Ultrapar não comentou. No último fato relevante sobre o tema, disse que "avalia continuamente seu portfólio " e vem direcionando investimentos, de forma prioritária, para fortalecer seu posicionamento na cadeia de óleo e gás no Brasil.
Braskem, Lyondell e Pague Menos não se manifestaram.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.