Selic no fim de 2021 sobe de 4,00% para 4,50% ao ano, prevê Focus
Em janeiro, ao manter a Selic em 2,00% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central preparou o terreno para possível elevação dos juros em 2021. Isso porque a instituição deu fim ao chamado "forward guidance" (ou prescrição futura, na tradução do inglês).
Adotado em agosto de 2020, o "forward guidance" era uma indicação técnica do BC de que não pretendia elevar os juros se a inflação seguisse sob controle e o risco fiscal não se alterasse. O problema é que, nos últimos meses, a inflação ao consumidor está mais salgada, puxada por aumentos de preços em itens como alimentos e gasolina.
O Copom se reúne novamente nesta semana (dias 16 e 17). Das 54 instituições do mercado financeiro consultadas pelo Projeções Broadcast, do sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, 52 esperam aumento dos juros básicos nesta reunião, sendo que 48 aguardam que a taxa suba de 2,00% para 2,50%, três veem alta de 0,25 ponto e uma espera aperto mais intenso, de 0,75 ponto. Para o fim de 2021, a mediana das apostas é de 4,5%, com expectativas indo de 3% a 6%.
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