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Ata: possível reversão econômica por agravamento da pandemia seria menos profunda

Eduardo Rodrigues e Célia Froufe

Brasília

23/03/2021 09h04

Após elevar a Selic (a taxa básica de juros) em 0,75 ponto porcentual - para 2,75% ao ano - na semana passada, o Banco Central avaliou por meio da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) que uma eventual "reversão econômica" causada pelo recrudescimento da pandemia de covid-19 no Brasil deve levar a uma queda da atividade "bem menos profunda" que a observada em 2020.

Da mesma forma, o BC considera que essa possível retração econômica deve ser seguida por outra recuperação rápida. No ano passado, a atividade econômica brasileira foi duramente afetada pela pandemia, sobretudo entre os meses de março e maio, seguida por uma forte retomada no segundo semestre - que ainda assim culminou com uma queda de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020.

A ata do Copom, divulgada nesta terça-feira, destaca ainda que, apesar da redução parcial dos programas governamentais de recomposição de renda - como o auxílio emergencial, que caiu para metade em setembro e foi encerrado em dezembro -, a retomada econômica surpreendeu positivamente.

"Contudo, os últimos dados disponíveis ainda não contemplam os possíveis efeitos do recente e agudo aumento no número de casos de Covid-19, e que assim há bastante incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia no primeiro e segundo trimestres deste ano", ponderou o colegiado.

Mais uma vez, o BC apostou em uma retomada robusta da atividade no segundo semestre de 2021, na medida em que a vacinação em massa avance no País.