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IPCA-15 fica em 0,93% em março, ante 0,48% em fevereiro, revela IBGE

Daniela Amorim e Maria Regina Silva

Rio e São Paulo

25/03/2021 09h42

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,93% em março, após ter avançado 0,48% em fevereiro, informou nesta quinta-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado agora anunciado, o IPCA-15 acumulou um aumento de 2,21% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 5,52%.

A alta de 0,93% foi o maior resultado do indicador para o mês desde 2015, quando havia subido 1,24%. No mês de março de 2020, o IPCA-15 tinha subido 0,02% segundo os dados divulgados pelo IBGE.

Como consequência, a taxa acumulada em 12 meses passou de 4,57% em fevereiro para 5,52% em março, o resultado mais elevado desde janeiro de 2017, quando a taxa havia sido de 5,94%.

A gasolina mais cara pressionou mais uma vez o orçamento das famílias em março. Impulsionado pelo aumento de 11,63% nos combustíveis, o grupo Transportes passou de um avanço de 1,11% em fevereiro para uma elevação de 3,79% este mês, dentro do IPCA-15.

O grupo deu a maior contribuição para a taxa de 0,93% do IPCA-15 de novembro, o equivalente a 0,76 ponto porcentual. A gasolina aumentou 11,18%, item de maior impacto individual na inflação do mês, 0,56 ponto porcentual. Os preços da gasolina subiram pelo nono mês consecutivo. Houve altas ainda nos preços do óleo diesel (10,66%), do etanol (16,38%) e do gás veicular (0,39%).

Os automóveis novos ficaram 0,99% mais caros, enquanto os automóveis usados subiram 0,30%, e o seguro voluntário de veículo aumentou 2,57%. Os três itens somaram uma contribuição de 0,06 ponto porcentual para o IPCA-15.

O ônibus urbano subiu 0,42%, em consequência do reajuste de 8,70% no preço das passagens do Recife desde 7 de fevereiro. O trem teve alta de 1,61%, influenciado pelo reajuste de 6,38% no preço da passagem no Rio de Janeiro a partir de 23 de fevereiro.

Por outro lado, os transportes por aplicativo recuaram 2,38% em março, enquanto as passagens aéreas diminuíram 2,01%.