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Demanda por crédito no país sobe 2% em março após queda de 9% em fevereiro

Depois de cair em fevereiro, a busca por financiamento no País em março indica recuperação - Getty Images/iStockphoto
Depois de cair em fevereiro, a busca por financiamento no País em março indica recuperação Imagem: Getty Images/iStockphoto

Maria Regina Silva

Em São Paulo

17/04/2021 12h23

Depois de cair em fevereiro, a busca por financiamento no País em março indica recuperação. O INDC (Índice Neurotech de Demanda por Crédito) cresceu 2% no terceiro mês deste ano em relação à queda de 9% anteriormente. Além disso, na comparação interanual registrou alta de 38%, superando a marca vista em igual período concluído em fevereiro, quando avançou 21%.

A aceleração do crescimento do indicador na comparação interanual ocorreu apesar de o País ainda estar enfrentando a pandemia de covid-19. Segundo o diretor de Produtos e Sucesso do Cliente da Neurotech, Breno Costa, uma das explicações é que as medidas de restrição social adotadas em março foram menos duras que as implementas há um ano.

Uma outra justificativa dada pelo executivo para o avanço do INDC em 12 meses concluídos março é a adaptação do mercado que, segundo ele, está mais preparado e, portanto, bem menos vulnerável do que se mostrava no início da pandemia. "Muitas redes passaram a usar mais tecnologia e a realizar a concessão de crédito de forma online", cita.

O avanço na demanda por crédito no mês passado em relação a fevereiro foi puxado pelo segmento de bancos e financeiras, que teve alta de 4% no período. Em seguida, aparece o varejo, com expansão de 2%. O único a registrar queda em março ante o mês anterior foi a categoria de serviços, com retração de 19%. Costa lembra que o setor apresentando dinâmica de forte crescimento e o recuo, conforme o executivo, pode estar relacionado a uma acomodação do movimento, além de ser um segmento bastante afetado pelas medidas de isolamento social.

O INDC ainda foi influenciado positivamente pela alta de financiamentos para compra de móveis e eletroeletrônicos, com expansão de 52% e 83%, pela ordem, na comparação mensal. Em contrapartida, a demanda por crédito em supermercados caiu 25% no período, mas subiu 46% no confronto interanual. "O movimento pode estar relacionado à tendência de o brasileiro investir mais no lar. Com o advento da pandemia, muitos estão buscando reformar sua casa e adquirir mobiliário e eletroeletrônicos, que aumentem seu conforto", afirma.

Em relação a março de 2020, contudo, o setor de serviços lidera crescimento com 99%. Na sequência, aparecem bancos e varejo com expansão da busca por crédito de 30% e 58%, respectivamente.