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Bolsonaro: economia formal se recupera enquanto informalidade está uma catástrofe

Emilly Behnke

Brasília

20/04/2021 21h22

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira, 20, que a economia formal mostra sinais de recuperação enquanto a atividade econômica informal segue afetada pelos efeitos da crise sanitária. O presidente destacou que cerca de 40 milhões de trabalhadores informais são uma preocupação para o governo e, por isso, cobrou o fim de medidas restritivas adotadas para diminuir a disseminação do novo coronavírus, que já matou mais de 375 mil brasileiros.

"Os números da economia formal estão demonstrando que o Brasil está se recuperando. No tocante à informalidade está uma catástrofe, 40 milhões de pessoas que perderam tudo ou quase tudo na vida", disse durante encontro com líderes evangélicos de Anápolis (GO) no Planalto. "Esse pessoal é uma grande preocupação da nossa parte porque teria que reabrir rapidamente as atividades", disse.

Em sua fala, que teve trechos divulgados por participantes do encontro, o presidente se diz preparado para um cenário de "caos social". "Pode acontecer de uma hora para a outra. Pode começar a aparecer saques a supermercado, e problemas mais variados possíveis no Brasil", citou.

"Já estou preparado como agir dessa maneira, eu posso até adiantar para vocês: eu baixaria um decreto que seria cumprido. Seria cumprido. Porque não tem ninguém para falar que não vai cumprir, é inconstitucional porque vou passar o trator por cima para a gente fazer cumprir o artigo 5º da Constituição", declarou. O artigo em questão trata da "inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade".

Contrário às medidas de fechamento para frear a pandemia, Bolsonaro disse " todo mundo está perdendo" com a política de lockdown, que é, no entanto, recomendada pela Organização Mundial da Saúde para diminuir o contágio pelo vírus. "A gente pede a Deus que apareça bom senso perante a nossa sociedade, especial na classe política, para a gente buscar nossa normalidade", disse.

"Agora, com toda certeza, todas as medidas que foram tomadas no passado (foram) buscando abalar o governo pela economia para tirar a gente daqui. Não caí, primeiro porque falei só Deus tira a gente daqui e ponto final", declarou. O presidente também ironizou os mais de 100 pedidos de impeachment contra a sua gestão e justificou que o governo federal fez a sua parte no enfrentamento da crise sanitária.

Para os religiosos, Bolsonaro reforçou que a categoria representa grande parte da sua base de apoio e citou medidas do seu governo. O presidente comentou que o preço da gasolina está alto, mas ponderou que o salário mínimo aumentou. "Muita coisa nós fizemos. Se for comparar o preço da gasolina está caro, está, mas se for pegar o salário mínimo de anos anteriores e dividir pelo preço do combustível se compra muito mais combustível com o salário mínimo em meu governo do que governos anteriores", argumentou.