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Turismo no país tem prejuízo de R$ 65,6 bi na pandemia, diz FecomercioSP

Turismo foi um dos setores da economia mais afetados pela pandemia do coronavírus - Ergin Yalcin/Getty Images
Turismo foi um dos setores da economia mais afetados pela pandemia do coronavírus Imagem: Ergin Yalcin/Getty Images

Sofia Aguiar

São Paulo

22/04/2021 13h20

Desde o início da pandemia da covid-19 até fevereiro deste ano, o turismo no Brasil acumulou prejuízo de R$ 65,6 bilhões, aponta levantamento realizado pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).

Segundo a entidade, o resultado é 38,1% menor do que o do mesmo período entre março de 2019 e fevereiro de 2020. Em meio à crise, o setor perdeu mais de um terço do seu tamanho.

A pesquisa aponta que as piores perdas do ciclo ocorreram no segundo trimestre de 2020, quando o turismo nacional chegou a encolher pela metade. Dali em diante, apesar de seguir fechando no vermelho, as quedas tiveram patamares menores do que esses.

A queda de 29,1% no faturamento de fevereiro último (R$ 9,35 bilhões) fez com que o setor completasse um ano inteiro contabilizando resultados negativos a cada mês.

A principal área impactada é o setor aéreo, que perdeu 59,6% do seu faturamento. Só em fevereiro, a queda foi de 49,6%, ou seja, a metade do que o setor faturou em fevereiro de 2020, às vésperas da crise. Com uma queda na oferta de assentos, a tendência é que os prejuízos do setor aéreo sigam sendo contabilizados nos próximos meses.

Depois das companhias aéreas, os serviços de alimentação e alojamento, como hotéis e pousadas, registraram a maior queda no faturamento desde o começo da crise do covid-19, com prejuízo de 41,1%. Em seguida, a concentração do acúmulo de perdas refere-se às atividades culturais, recreativas e esportivas, que viram o faturamento cair 32,1% no período.

Perse

Depois de ser aprovado, no Congresso, o projeto de lei que cria o Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos), a medida depende apenas da sanção do Executivo para entrar em vigor. A nova regra será essencial para os agentes do turismo nacional, apesar das modificações que o texto sofreu no processo.

O texto em via de aprovação prevê o parcelamento de débitos das empresas dos setores do turismo e de eventos com a Receita, com descontos nos pagamentos e o estabelecimento de alíquota zero para tributos como PIS/Pasep.

Uma vez no Perse, as empresas serão enquadradas no Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), em que poderão obter crédito com juros de 6% ao ano mais a taxa Selic, por exemplo.