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Pandemia custará US$ 10 bi a mais do que previsto por companhias aéreas

Ao todo, a indústria da aviação deve perder quase 48 bilhões de dólares em 2021 - Getty Images
Ao todo, a indústria da aviação deve perder quase 48 bilhões de dólares em 2021 Imagem: Getty Images

Colaboração para o UOL

21/04/2021 18h29

A pandemia de covid-19 deverá custar 10 bilhões de dólares a mais às companhias aéreas do que o previsto anteriormente. A informação é da organização que representa as empresas de viação globalmente e foi mostrado em reportagem do jornal britânico "The Guardian".

Ao todo, a aviação deve perder aproximadamente 48 bilhões de dólares em 2021, valor superior aos 38 bilhões de dólares previstos em dezembro de 2020. O levantamento da IATA (International Air Transport Association) apontou como causas, também, a chegada mais lenta da vacina em países como França e Alemanha, além do surgimento de novas variantes do vírus pelo mundo - o que causou restrições de viagens internacionais.

O alerta da IATA surgiu quando o presidente-executivo da "low-cost" Ryanair, Michael O'Leary, alertou sobre um corte que inclui até 25% menos voos na Europa. De acordo com O'Leary, além da previsão de que as viagens entre o Reino Unido e países da União Europeia se tornariam mais caras por conta do Brexit, viagens de lazer não devem voltar ao normal até 2023.

Apesar disso, a previsão da associação é de que 2,4 bilhões de pessoas viajarão de avião em 2021.

Por outro lado, as companhias aéreas norte-americanas devem ter uma perda menor que o previsto no ano passado: perdendo 5 bilhões ao invés de 11 bilhões de dólares. O motivo seria a recuperação de voos domésticos no país, o que também é visível na China. Segundo a IATA, isso mostra que as pessoas estão ansiosas para voltar a viajar.

Apesar de as companhias aéreas terem aumentado a quantidade de voos de carga, a associação internacional alega que não é suficiente para cobrir as perdas nas viagens de passageiros. Com isso, as receitas operacionais das empresas de aviação devem atingir apenas 55% dos níveis de 2019.