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Governo fará, por meios legais, a recomposição do Orçamento, diz Bolsonaro

Arquivo - Segundo o presidente, a redução nas verbas ocorreu por uma questão técnica - Isac Nóbrega /  PR
Arquivo - Segundo o presidente, a redução nas verbas ocorreu por uma questão técnica Imagem: Isac Nóbrega / PR

Emilly Behnke

Em Brasília

26/04/2021 12h16

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou hoje que o governo fará, por meios legais, a recomposição do Orçamento de 2021, sancionado com cortes de recursos nas áreas de saúde, meio ambiente e de obras em andamento, entre outros. Segundo o presidente, a redução nas verbas ocorreu por uma questão técnica.

"Dizer aqueles que criticaram os cortes nos orçamentos, foi cortado sim por uma questão técnica. Mas, com toda certeza brevemente pelas vias legais, obviamente, nós faremos a devida recomposição do nosso orçamento porque o Brasil não pode e não vai parar", declarou o presidente durante evento em Feira de Santana (BA) para entrega de trecho de duplicação da BR-101.

No orçamento sancionado na última quinta-feira (22), foram vetados R$ 19,8 bilhões, sendo R$ 11,9 bilhões em emendas parlamentares e o restante de despesas do próprio Executivo. Também foram bloqueados R$ 9,3 bilhões. Os vetos são definitivos, mas os valores bloqueados podem ser revertidos ao longo do ano, caso haja espaço no Orçamento. Apesar dos cortes, foram preservados o total de R$ 33,5 bilhões acordados com o Congresso e que ficaram nas mãos dos parlamentares.

Após uma "maquiagem" que subestimou as despesas obrigatórias deste ano para abrir espaço para mais emendas, o orçamento foi sancionado com cortes nas verbas do Ministério do Meio Ambiente e da faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, programa habitacional renomeado de Casa Verde e Amarela.

No evento desta segunda, Bolsonaro destacou a presença do público no local. "Pedi para liberar o povo para vir para cá porque um evento como esse sem povo não existe", disse.

O presidente ressaltou que o povo dá o "norte" para todos os políticos do Brasil. "Nós faremos sempre o que o povo quiser, tenho certeza disso", comentou.

Contrário às medidas de restrições por conta da pandemia, Bolsonaro voltou a dizer que os fechamentos do comércio não foram fruto de ações do governo federal. "Está chegando a hora, pessoal. Está chegando a hora de o Brasil dar um novo grito de independência. Não podemos admitir alguns pseudo-governadores querer impor a ditadura no meio de vocês usando do vírus subjugá-los", afirmou.

O chefe do Executivo participou nesta segunda-feira junto do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, da entrega de 22 km da duplicação da BR-101, entre os municípios de Feira de Santana e Esplanada, na Bahia.

Antes do evento, Bolsonaro foi filmado, sem máscara, cumprimentando apoiadores. Em uma transmissão ao vivo nas redes sociais de um dos seus assessores, o presidente também foi visto percorrendo trecho de carro com o corpo para fora do veículo, que circulava com as portas abertas.