Alimentação, bebidas e combustíveis contribuem para alta do IPCA-15
A alimentação no domicílio passou de uma queda de 0,03% em março para uma alta de 0,19% em abril. Houve pressão dos aumentos no pão francês (1,73%) e no leite longa vida (1,75%). As carnes ficaram 0,61% mais caras. Por outro lado, as famílias pagaram menos pela cenoura (-13,58%), batata-inglesa (-5,03%), frutas (-2,91%) e arroz (-1,44%).
A alimentação fora do domicílio subiu 0,79% em abril, devido a avanços tanto no lanche (1,34%) quanto na refeição fora de casa (0,57%), contribuindo conjuntamente com 0,04 ponto porcentual para o IPCA-15 do mês.
Transportes
O preço da gasolina diminuiu o ritmo de alta, mas ainda pressionou o orçamento das famílias em abril. Impulsionado pelo aumento de 4,87% nos combustíveis, o grupo Transportes passou de um avanço de 3,79% em março para 1,76% este mês, dentro do IPCA-15. O grupo deu a maior contribuição para a taxa de 0,60% do IPCA-15 de abril, o equivalente a 0,36 ponto porcentual.
A gasolina aumentou 5,49%, item de maior impacto individual na inflação do mês, 0,30 ponto porcentual. Houve altas ainda nos preços do óleo diesel (2,54%) e do etanol (1,46%).
As passagens aéreas subiram 6,27%, após três quedas consecutivas. Também houve aumentos nos preços dos automóveis novos (0,41%), automóveis usados (0,80%) e pneus (2,63%). O trem avançou 0,79%, em função do reajuste no Rio de Janeiro desde 23 de fevereiro.
As principais quedas foram registradas por seguro voluntário de veículo (-3,14%), transporte por aplicativo (-3,55%) e aluguel de veículo (-6,04%).
Habitação
Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de um aumento de 0,71% em março para um avanço de 0,45% em abril, dentro do IPCA-15). O grupo deu uma contribuição de 0,07 ponto porcentual para a inflação de 0,60% deste mês.
O resultado de abril foi puxado pelo aumento de 2,49% no gás de botijão, com impacto de 0,03 ponto porcentual. O gás de botijão acumula uma alta de 20,22% nos últimos 12 meses.
A energia elétrica ficou 0,47% mais cara em abril, impulsionada pela alta de 4,34% no Rio de Janeiro, devido aos reajustes tarifários nas concessionárias locais desde 15 de março. No mês de abril foi mantida em vigor a bandeira tarifária amarela, que acrescenta uma cobrança de R$ 1,343 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. O gás encanado aumentou 0,20% em abril, devido a reajustes em Curitiba.
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