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Varejo movimentará R$ 12,1 bi em vendas no Dia das Mães, diz CNC

Lojas das marcas brasileiras Boticario e Hering no shopping Passeo La Galeria em Assunção no Paraguai - daniel Teixeira/estadão Conteúdo
Lojas das marcas brasileiras Boticario e Hering no shopping Passeo La Galeria em Assunção no Paraguai Imagem: daniel Teixeira/estadão Conteúdo

Daniela Amorim

No Rio

29/04/2021 10h56

As vendas do comércio varejista para o Dia das Mães devem movimentar R$ 12,12 bilhões este ano, um avanço de 47% em relação à mesma data de 2020, já descontada a inflação do período, estima a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

Segundo o economista Fabio Bentes, responsável pelo levantamento da CNC, o resultado será beneficiado por ocorrer num momento de reabertura da economia, enquanto, no ano passado, parte significativa das lojas estava fechada no período, por conta da pandemia de covid-19. Apesar da melhora, o desempenho ainda será 2% mais modesto que o de 2019.

"Em 2020, as vendas do varejo com a data caíram 33%", lembra Fabio Bentes. "O varejo não essencial estava fechado nesta época", justificou.

O Dia das Mães é a segunda data mais importante para o varejo, atrás apenas do Natal. O segmento de vestuário, calçados e acessórios deve liderar o volume de vendas este ano, com previsão de faturamento de R$ 4,09 bilhões, seguido pelos ramos de móveis e eletrodomésticos (R$ 2,38 bilhões) e farmácias, perfumarias e cosméticos (R$ 1,52 bilhão).

Bentes pondera que as condições econômicas ainda difíceis para o consumo no curto prazo dificultam uma recuperação mais substancial das vendas para a data. Entre os empecilhos estão o mercado de trabalho ainda com elevado nível de desemprego, condições de crédito menos favoráveis e pressões inflacionárias.

A CNC aponta que dez dos 15 produtos mais populares para a data estão mais caros atualmente do que há um ano, com destaque para os aparelhos de TV, som e informática (com alta de 19,2% em 12 meses), joias e bijuterias (+14,4%), flores naturais (+13,3%) e itens de cama, mesa e banho (+12,0%).

Na média, a cesta completa de bens ou serviços mais consumidos na data registra a maior alta de preços desde 2016, um avanço de 4,7%, calcula a entidade com base na inflação em 12 meses até maio, apurada pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Pouco mais da metade do volume de vendas no varejo neste Dia das Mães ficará concentrado em São Paulo (R$ 4,46 bilhões), Minas Gerais (R$ 1,13 bilhão) e Rio de Janeiro (R$ 1,2 bilhão).