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Acordo do Mercosul com a União Europeia é o mais ambicioso

Um dos projetos mais ambiciosos do Mercosul é o acordo comercial com a União Europeia que demorou duas décadas para ser costurado - Getty Images/iStockphoto
Um dos projetos mais ambiciosos do Mercosul é o acordo comercial com a União Europeia que demorou duas décadas para ser costurado Imagem: Getty Images/iStockphoto

Celia Froufe

Brasília

01/05/2021 13h20

Resumo da notícia

  • Acordo comercial com União Europeia (UE) demorou duas décadas para ser costurado
  • Texto aguarda aval dos Parlamentos de todos os países dos dois blocos comuns para ser revisado e entrar em vigor
  • Geopolítica, protecionismo, questões ambientais e agrícolas são alguns dos entraves que acordo enfrenta

Um dos projetos mais ambiciosos do Mercosul é o acordo comercial com a União Europeia (UE), que demorou duas décadas para ser costurado e agora aguarda o aval dos Parlamentos de todos os países dos dois blocos comuns para ser revisado e entrar em vigor.

Geopolítica, protecionismo, questões ambientais e agrícolas, no entanto, são alguns dos entraves vistos atualmente para que o consenso entre as duas partes saia definitivamente do papel. A solução mais recente apontada para o impasse é o comprometimento, por meio de um documento extra ao tratado, sobre as questões ambientais, tidas como mais sensíveis.

O texto já começou a ser elaborado pela Comissão Europeia e, pelas previsões do vice-presidente executivo da instituição e comissário do Comércio da UE, Valdis Dombrovskis, o acordo pode passar pelo crivo dos parlamentares dos países do bloco europeu até o fim do ano com a sua ratificação podendo ocorrer ao longo de 2022. "Esperamos uma aprovação, mas há preocupação com a sustentabilidade. E essas questões precisam ser tratadas."

"Infelizmente, eventos recentes revelaram notícias negativas sobre a condução ambiental na América Sul, e temos de ter em mente que economia e sustentabilidade fazem parte desse acordo e não podem ser tratados de forma isolada", afirmou Dombrovskis ontem em evento virtual organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto de Franco França, reforçou no mesmo seminário que o País está aberto a essa possibilidade.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.