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Guedes: 'gringos' entrarão com dólar a R$ 5,50 e poderão sair com moeda a R$ 3

Ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a dizer que a conta da pandemia do coronavírus não pode ficar para as próximas gerações - Edu Andrade/Ministério da Economia
Ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a dizer que a conta da pandemia do coronavírus não pode ficar para as próximas gerações Imagem: Edu Andrade/Ministério da Economia

Lorenna Rodrigues e Idiana Tomazelli

Brasília

25/05/2021 18h25

O ministro da Economia, Paulo Guedes, argumentou que o Brasil está barato para investidores estrangeiros e afirmou que os "gringos" que entrarem no Brasil neste momento, com o dólar cotado perto de R$ 5,50, poderão sair com a moeda a R$ 3 em "dois ou três anos".

Em evento do banco BTG, Guedes disse que participa de menos road shows com investidores do que ministros anteriores, mas disse que o País "incontornavelmente" terá de ir em direção aos mercados. "Primeiro tem de trabalhar para depois vender o Brasil", completou, se referindo às reformas pretendidas por sua administração.

O ministro voltou a dizer que a conta da pandemia do coronavírus não pode ficar para as próximas gerações. "Não vamos jogar dívida da pandemia para 100% do PIB", completou.

No início de sua fala, Guedes disse que queria "parabenizar todos os economistas que já integraram o governo". "Antes de entrar no governo, eu achava tudo muito fácil, não é bem assim", brincou o ministro, que está há dois anos e cinco meses no cargo e já travou negociações duras com o Congresso Nacional.

Arrecadação e projeção de déficit

Guedes disse ainda que, com os sucessivos resultados positivos na arrecadação de tributos, o governo está revendo para baixo a projeção de déficit público neste ano. "Estava em R$ 280 bilhões a previsão de déficit há duas semanas. A arrecadação veio tão formidável que já estamos revendo para R$ 180 bilhões", comentou.

Ele afirmou ainda que são necessários investimentos em infraestrutura para que o Brasil se integre à América Latina, mas voltou a dizer que o País não pode ficar preso ao Mercosul.

"O Brasil tem que ser a âncora dos grandes investimentos e transbordar a produção para a América Latina. Não vamos ficar presos à região, foi um erro, o Mercosul nos aprisionou", completou o ministro.