Economistas veem viés de alta na inflação e baixa no PIB para 2022, diz BC
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) em elevar a Selic em 1 ponto porcentual na semana passada, para 6,25% ao ano, veio em linha com as respostas dos economistas consultados pelo Banco Central no Questionário Pré-Copom. De acordo com os resultados divulgados nesta quarta-feira, 89 analistas responderam esperar uma elevação dessa magnitude, enquanto 14 apostavam em uma alta de 1,25 pp e apenas dois esperavam um movimento de 1,50 pp.
Quando a pergunta passa a ser o que os economistas fariam no lugar dos diretores do BC, a resposta fica mais dividida. Caso tivessem assento no Copom, 30 dos economistas consultados elevariam a Selic em 1,25 ponto na semana passada, enquanto 68 seguiriam na mesma linha do colegiado e subiriam a Selic em 1,00 ponto mesmo. Outros seis analistas responderam ainda que votariam por uma elevação de 1,50 ponto.
Ciclo inflacionário
Os resultados também mostram uma mudança na percepção do viés do risco inflacionário do próximo ano. No questionário da reunião de agosto, 59% dos economistas consultados viam um viés de alta para 2022 e 38% viam um cenário equilibrado. Agora, 70% deles já enxergam um viés de alta inflacionária para 2022, enquanto apenas 24% seguem com uma perspectiva de riscos equilibrados.
Indicadores da economia
O Questionário Pré-Copom também colhe uma série de projeções para os principais indicadores da economia. Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as medianas ficaram em 8,26% para 2021 e em 4,10% para 2022 - próximos dos resultados medidos semanalmente pelo BC no Relatório Focus de mercado.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), a mediana ficou em alta de 5,1% em 2021 e em 1,5% para 2022, sendo que 83% dos participantes veem risco de baixa para o ano que vem, contra 29% na pesquisa anterior ao Copom de agosto.
Crise hídrica
No documento deste mês, o BC inovou ao perguntar aos economistas se a crise hídrica afetaria a atividade de maneira relevante.
Para 44% deles, haverá impacto relevante em 2021, enquanto 39% consideram que haverá consequências também para 2022. No entanto, a maioria desses analistas considera que o efeito se dará apenas por meio da elevação dos preços da energia elétrica, enquanto apenas alguns avaliam que pode haver restrições no fornecimento de eletricidade.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.