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Latam apresenta plano de recuperação que prevê injeção de US$ 8,19 bilhões

São Paulo

27/11/2021 14h00

A Latam apresentou na sexta-feira, 26, seu plano de recuperação judicial, que inclui a injeção de US$ 8,19 bilhões (R$ 45,9 bilhões) no grupo por meio de uma combinação de capital novo, títulos conversíveis e dívida. Segundo divulgou a empresa, após deixar a recuperação (chapter 11), a Latam terá uma dívida de US$ 7,26 bilhões e uma liquidez de US$ 2,67 bilhões.

"A injeção significativa de capital novo em nosso negócio é uma prova de seu apoio (dos acionistas e credores) e confiança em nossas perspectivas de longo prazo", afirmou, em nota, o presidente do grupo, Roberto Alvo. Ainda de acordo com a companhia, o novo nível de endividamento é "conservador" e a liquidez, "adequada" para esse período de incerteza decorrente da pandemia.

A audiência para aprovar os procedimentos de votação deve ocorrer em janeiro em Nova York, onde corre o processo de recuperação. Entre janeiro e fevereiro, a companhia deverá buscar os votos necessários para aprovar seu plano e uma outra audiência para avaliar o plano de execução deve ocorrer em março.

Após esse processo, a Latam pretende lançar uma oferta de direitos de compra de ações no valor de US$ 800 milhões, que será aberta a todos os acionistas da companhia. Também serão emitidas três classes de títulos conversíveis, que serão oferecidos preferencialmente aos acionistas do grupo e, posteriormente, a determinados credores. Esses títulos devem somar mais de US$ 4,64 bilhões.

O grupo ainda deverá levantar US$ 500 milhões em uma nova linha de crédito rotativo e aproximadamente US$ 2,25 bilhões em financiamento de dívida por meio de novos recursos, que podem ser um novo empréstimo a prazo ou novos títulos.

Segundo a companhia, o plano de recuperação judicial é acompanhado por um acordo de apoio à reestruturação firmado com o Grupo Ad Hoc de Credores da Matriz (o maior grupo de credores sem garantia, liderado por Sixth Street, Strategic Value Partners e Sculptor Capital, além dos acionistas Delta Air Lines, Qatar Airways e grupos Cueto e Eblen).