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FGV: Produtividade do trabalho cai 11,9% no 3º trimestre de 2021 ante 2020

Dado foi calculado pelo Observatório da Produtividade Regis Bonelli, do Ibre/FGV - Malte Mueller/Getty Images/fStop
Dado foi calculado pelo Observatório da Produtividade Regis Bonelli, do Ibre/FGV Imagem: Malte Mueller/Getty Images/fStop

Vinicius Neder

No Rio de Janeiro

17/12/2021 10h52Atualizada em 17/12/2021 11h13

No período de julho a setembro último — terceiro trimestre de 2021 —, a produtividade do trabalho tombou 11,9% ante igual período de 2020 — comparado a um salto de 14,9% no terceiro trimestre do ano passado em relação a igual período de 2019.

O dado consta nos cálculos do Observatório da Produtividade Regis Bonelli, do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

A desaceleração mostra que o ganho do ano passado, marcado pela pandemia, foi "atípico" e "temporário", disseram pesquisadores do Ibre em seminário promovido ontem em parceria com o Estadão.

Mesmo com a retomada do nível de atividade, o país tende a voltar ao baixo crescimento da produtividade, o que impede um avanço mais acelerado da economia.

"Voltamos ao velho normal de baixo crescimento da produtividade", afirmou Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro Ibre. O evento contou ainda com Fernando Veloso e Fernando de Holanda Barbosa Filho, ambos do Ibre/FGV.

A volta da dinâmica anterior era esperada porque o ganho de 2020 se deu, principalmente, por causa do que economistas chamam de "efeito composição".

A pandemia atingiu a economia de forma desigual, prejudicando mais determinadas atividades — como aquelas que dependem do contato pessoal, como bares e salões de beleza — e até favorecendo outras — como os serviços de tecnologia da informação.