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Confiança empresarial cai 2,5 pontos em janeiro ante dezembro, diz FGV

Índice de confiança das empresas acumula 10,9 pontos desde setembro do ano passado - Divulgação
Índice de confiança das empresas acumula 10,9 pontos desde setembro do ano passado Imagem: Divulgação

Vinicius Neder

Estadão Conteúdo, Rio

01/02/2022 08h35

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 2,5 pontos em janeiro ante dezembro de 2021, para 91,6 pontos, informou hoje a Fundação Getulio Vargas (FGV). É o menor nível do indicador desde abril de 2021, quando o país estava no auge da segunda onda da pandemia, batendo recordes de mortes por covid-19.

Em médias móveis trimestrais, o indicador teve declínio de 3,0 pontos em janeiro. Foi o quarto mês seguido de queda nessa média. Segundo a FGV, o ICE já acumula 10,9 pontos desde setembro do ano passado.

O ICE reúne os indicadores de confiança produzidos pelas sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.

O movimento de queda iniciado em setembro passado foi iniciado pela indústria, mas, agora, quem sofre mais é o setor de serviços, cuja confiança foi a que mais caiu em janeiro, "sob influência da piora do quadro pandêmico com a chegada da variante Ômicron ao Brasil", segundo a FGV.

"Nota-se neste segmento uma queda mais expressiva dos índices que medem a percepção das empresas quanto à situação corrente na comparação com os índices que medem as expectativas, uma tendência típica dos choques provocados pelas ondas da covid-19. Este resultado preocupa já que os segmentos mais dependentes de consumo presencial empregam muito e somente agora estavam conseguindo retornar a níveis de confiança comparáveis com os do período pré-pandemia", afirma a FGV, em nota.

Assim como os indicadores setoriais de confiança que o compõem, o ICE é formado por dois componentes principais. O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) caiu 4,5 pontos, para 91,3 pontos. O Índice de Expectativas (IE-E) recuou 3,0 pontos, na quarta queda consecutiva, para 91,4 pontos, menor nível desde março de 2021, quando ficou em 85,2 pontos.

A coleta do ICE reuniu informações de 3.755 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 26 de janeiro.