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Energia: Distribuidoras pedem empréstimo maior para compensar crise hídrica

Período de escassez de água do ano passado foi o maior em 91 anos - Reprodução/Cemig
Período de escassez de água do ano passado foi o maior em 91 anos Imagem: Reprodução/Cemig

Marlla sabino

Estadão Conteúdo, Brasília

17/02/2022 07h40

Distribuidoras de energia estão defendendo ajustes nos valores usados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para calcular o novo empréstimo ao setor elétrico. As alterações levariam a um aumento de cerca de R$ 1,6 bilhão no valor do teto que poderá ser repassado para custear as medidas adotadas ao longo da crise hídrica, no ano passado, a pior em 91 anos.

Pela proposta apresentada pela agência reguladora, a primeira parcela do socorro financeiro - destinada a cobrir o rombo na chamada conta Bandeira em abril, a importação de energia de países vizinhos e o bônus concedido aos consumidores que economizam energia - deverá totalizar até R$ 5,6 bilhões, que serão pagos pelos consumidores nos próximos anos, com juros.

O empréstimo foi autorizado pelo governo em dezembro, por meio de uma medida provisória regulamentada por decreto do presidente Jair Bolsonaro. Cabe, no entanto, à agência reguladora analisar as contribuições recebidas em consulta pública e definir os valores e os prazos de pagamento da operação financeira. Ainda não há previsão para que os recursos sejam liberados para as distribuidoras, que funcionam como uma espécie de "caixa" do setor elétrico.