Ministros do G20 reforçam sobre riscos de retomada desigual e alta da inflação
A nota destaca que a retomada segue em curso, mas que novas ondas de casos de covid-19 e o surgimento de variantes do vírus afetam o ritmo.
Segundo o texto, as disparidades no processo decorrem de fatores como acesso divergentes a vacinas e remédios e diferenças no espaço para resposta da política macroeconômica.
Os ministros se comprometem a promover esforços para solucionar os gargalos as cadeias de produção, que são apontados como parcialmente responsáveis pela escalada inflacionária. Dizem ainda que vão monitorar as tensões geopolíticas crescentes e as vulnerabilidades financeiras, além de adotar análise sistemática dos riscos referentes às mudanças climáticas.
O grupo ressalta que as taxas de inflação estão "elevadas" em muitos países e garantem que os BCs vão agir conforme necessário em prol da estabilidade de preços. "A independência dos bancos centrais é crucial para alcançar esses objetivos e reforçar a credibilidade da política monetária", pontua.
A principal prioridade neste momento deve ser o controle da pandemia, avaliam os ministros do G20. Uma força-tarefa estabelecido pelos países irá divulgar um relatório em abril sobre as áreas que demandam melhorias para aumentar o acesso aos instrumentos de combate à covid-19, como vacinas.
Resiliência do setor financeiro
No comunicado conjunto após cúpula, os ministros das finanças e presidentes de bancos centrais do G20 se comprometeram a assegurar a resiliência do setor financeiro, com objetivo de apoiar a recuperação da crise provocada pelo coronavírus.
O grupo ressalta que tomará medidas para avaliar os potenciais riscos e benefícios de inovações tecnológica, "incluindo riscos cibernéticos e o potencial de lacunas regulatórias e arbitragem impostas pelos mercados de criptoativos".
Na quinta-feira, o Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) divulgou um relatório em que alerta para uma possível ameaça das criptomoedas para o funcionamento ordenado do sistema financeiro.
No comunicado, os ministros do G20 "encorajam" o órgão a aprofundar o monitoramento e a compartilhar informações sobre abordagens regulatórias e de supervisão para criptoativos, stablecoins e finanças descentralizadas.
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