Após bonança, startups freiam gastos
Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, como o dinheiro estava farto em todo o mundo até o ano passado, em uma fase em que os juros baixos impulsionavam investimentos mais arriscados, não havia preocupação de que a torneira de recursos poderia secar. Mas a guerra na Ucrânia e as altas de juros ao redor do mundo mudaram essa realidade.
Amure Pinho, fundador do fundo Investidores.VC, acredita que as demissões são a ponta do iceberg do que as startups devem enfrentar daqui em diante. "Pode haver redução de verbas de marketing e ajustes de orçamento e estratégia. Essa tendência vai afetar startups de todos os setores", afirma.
'EUFORIA'
O exemplo da startup do setor imobiliário QuintoAndar evidencia bem essa "virada". Poucos meses depois de distribuir centenas de câmeras de R$ 300 para boa parte de seus funcionários e parceiros, a companhia ganhou os holofotes ao fazer uma série de cortes na equipe. Enquanto internamente se comentava de uma redução de 20% no quadro de 4 mil funcionários, o fundador e presidente da startup, Gabriel Braga, fala em 4%. Ou seja, oficialmente cerca de 200 pessoas foram desligadas. "É um ajuste do nível de euforia", admite.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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