Ministra do Planejamento relata que Lula quis divergência na equipe econômica
"Seremos quatro na economia, um quarteto a favor do Brasil", declarou Tebet, em referência aos colegas de Esplanada Fernando Haddad (Fazenda), Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) e Esther Dweck (Gestão). "O time da economia vai fazer a diferença e vai fazer com que esse governo dê certo, apresentando propostas corretas, para não faltar orçamento para as políticas", emendou a emedebista. Haddad, segundo ela, é o ministro mais importante porque "tem a chave do cofre na mão."
A ministra ressaltou que apoiou Lula no segundo turno da eleição porque o petista era o único presidente democrata na disputa, numa crítica ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ela disse que pensou em não aceitar cargo na Esplanada, mas que recebeu um "convite especial" do petista para um ministério no qual tem "alguma divergência" de pauta com o governo. "Tenho sinergia na pauta social e de costumes, mas fui parar na pauta econômica", declarou.
Tebet foi um dos símbolos da frente ampla que ajudou a eleger Lula para o seu terceiro mandato e seu apoio no segundo turno foi considerado relevante para a vitória do PT. Mas sua presença na Esplanada demorou a ser definida. Inicialmente, Tebet queria o Ministério do Desenvolvimento Social, que vai operar o programa Bolsa Família e ficou com o petista Wellington Dias.
Relevância da Pasta
A ministra do Planejamento e Orçamento valorizou a escolha de Lula para assumir a pasta e o agradeceu pela "confiança absoluta". "Lula entregou a mim uma das pastas mais relevantes do governo do PT e da frente ampla democrática. O Planejamento é o ministério que trata do futuro, mas também do presente. O orçamento está direta e indiretamente presente na vida dos brasileiros. O planejamento fala do futuro do Brasil que queremos ser", afirmou.
Ela começou o discurso com a palavra "gratidão", destacando que era a palavra que gostaria que ficasse registrada "Esta é a palavra que eu gostaria que ficasse registrada como a primeira que sai da minha boca, mas especialmente do meu coração e da minha alma nesse momento."
Movimento pela redemocratização
Em seu discurso, Tebet também lembrou que participou do movimento pela redemocratização nos anos 80, agradecendo ao ex-presidente José Sarney, o primeiro chefe do País após a ditadura militar, pela presença em sua posse. "Nada é por acaso na vida, não é coincidência, é destino. Uma filha da luta pela redemocratização nos anos 80, menor de idade, receber o telefonema do presidente da República da época que permitiu a transição pacífica, do Sarney, que me disse que mudou o dia do seu voo para estar presente na minha posse."
Ela ainda destacou que precisa "continuar a fazer política em nome das filhas e filhos de todas as Marias do Brasil", em referência, na sua posse, à pauta de valorização das mulheres na política nacional.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.