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Opep eleva estimativa de crescimento do PIB do Brasil de 2022 e mantém a de 2023

Relatório mensal do cartel aumentou a estimativa de 2022, de 2,4% para 2,8%, e manteve a de 2023, 1,0%. - William Potter/Getty images
Relatório mensal do cartel aumentou a estimativa de 2022, de 2,4% para 2,8%, e manteve a de 2023, 1,0%. Imagem: William Potter/Getty images

Letícia Simionato e Sergio Caldas

em São Paulo

17/01/2023 13h35

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) elevou sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2022, de 2,4% a 2,8%. Já para 2023, a estimativa foi mantida: crescimento de 1,0%. As informações estão no relatório mensal do cartel, divulgado hoje.

De acordo com a instituição, durante a maior parte de 2022, a atividade econômica do Brasil surpreendeu positivamente, apoiada em parte por medidas fiscais pré-eleitorais e preços mais altos das commodities.

Já em 2023, a Opep destaca que o Brasil deve enfrentar ambientes desafiadores, portanto terá "apenas um crescimento superficial".

Entre os motivos citados pelo cartel estão: situação fiscal restritiva e menos espaço para estímulos fiscais; forte aperto monetário e altas taxas de juros; inflação elevada; uma retração dos preços das commodities; e uma desaceleração global geral.

"As políticas econômicas do novo governo precisarão ser revisadas cuidadosamente. É possível que o novo governo busque estimular a economia fiscalmente, mas como a dívida pública líquida quase dobrou nos últimos 10 anos, de pouco mais de 30% para quase 60% do PIB, o espaço fiscal parece limitado", destaca a Opep.

Dessa forma, de acordo com o cartel, a atual situação monetária e fiscal está sob controle, mas dada a desaceleração global e os muitos outros desafios que a economia enfrentará em 2023 e além, "os desenvolvimentos fiscais precisarão ser monitorados de perto".