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Haddad defende fortalecimento do Mercosul para melhorar capacidade de negociação

Haddad fala sobre Uruguai - Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Haddad fala sobre Uruguai Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Cícero Cotrim e Eduardo Laguna

Em São Paulo

30/01/2023 13h52Atualizada em 30/01/2023 14h36

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje que o Brasil deveria atuar para fortalecer o Mercosul, para melhorar a capacidade de negociação da região.

Ele defendeu ser necessário integrar outros países ao bloco, a exemplo da Bolívia, e propôs que o grupo avance para uma zona de livre comércio entre seus membros.

"Quanto mais a gente adensar o bloco, maior vai ser nossa capacidade de negociar bons acordos comerciais com o mundo", disse Haddad, durante reunião da diretoria da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Ele acrescentou que mesmo a economia brasileira, grande em comparação aos pares da América Latina, é "relativizada" em negociações com países com economias como China e Estados Unidos.

Para o ministro, o acordo comercial com a China negociado pelo presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, representa "o melhor dos mundos" para o país, que quer ficar no Mercosul e negociar um acordo de livre comércio por fora.

"Na minha opinião, é difícil de conciliar", afirmou Haddad, acrescentando que os países que negociam em bloco - como os membros da União Europeia - não parecem "arrependidos".

Antes, o ministro disse que projetos como o que visa levar o gás de xisto da região de Vaca Muerta, na Argentina, ao Brasil devem ser discutidos "sem dogmatismo".

Na semana passada, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, citou o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ao falar nas possíveis alternativas para financiar o projeto, mas Haddad disse nesta segunda-feira que a construção do gasoduto pode não precisar de recursos públicos.